📌 À descoberta da Ponte da Ajuda: um belo exemplar da arquitetura civil manuelina…

📝Se Elvas destaca-se pela geometria e pela monumentalidade da arquitetura militar barroca dos séculos XVII e XVIII, a Ponte da Ajuda, a 10 km, é um perfeito exemplar da arquitetura civil manuelina do século XVI. Situada na margem direita do rio Guadiana, esta obra notável da engenharia lusitana tinha como missão  a circulação viária de bens, mercadorias e tropas entre as localidades de Elvas e Olivença. Era, assim, a única via de comunicação entre a fronteira portuguesa e a praça-forte de Olivenza em caso de socorro bélico a um assédio das hostes castelhanas. 

O rio Guadiana é o marco de fronteira natural que separa, desde tempos milenares, os povos que ocuparam a Península Ibérica. Lusitanos, Romanos, Visigodos, Árabes, Cristãos, entre outros, recreavam-se no curso de água mais importante e navegável da região Sul de Portugal. Os árabes chamavam-lhe “Uadiana”, “Uádi”, em árabe significa rio, e “Ana”, um antigo nome que dado pelos romanos. É neste afluente natural que ficada edificada a Ponte de Nossa Senhora da Ajuda. Construída, em 1509, no reinado de El- Rei D. Manuel I (1495-1521),  ficando para a posterioridade com o cognome do  “Venturoso“, encontra-se, actualmente, em ruínas. Originalmente, era constituída por dezanove arcos, com uma torre militar ao centro. Ao todo,  tinha cerca de 400 metros de comprimento. É uma obra notável da engenharia que ainda resiste ao tempo e ao Homem!

Em virtude dos aluviões e das cheias constantes foi parcialmente destruída no final do século XVI. Mais tarde, no contexto da Guerra da Restauração, foi reconstruída para permitir o socorro de tropas, equipamento bélico e víveres aos constantes assédios militares dos exércitos castelhanos de Felipe IV. Olhando a História, compreende-mos a razão da sua reconstrução: o fim da Monarquia Dual (1580-1640) e o início da luta pela restauração da independência nacional. 

No contexto da Guerra da Sucessão de Espanha (1701-1714), em 1709, esta ponte foi destruída parcialmente pelo exército Bourbon de Felipe V, neto de Louis XIV de França. Era o pronúncio antigo da ocupação efectiva de um território reclamado pelos castelhanos e, mais tarde, Espanhóis desde a época da Reconquista Cristã, aquando do assédio português à Taifa de Badajoz, na segunda metade do século XII, pelas forças do nosso primeiro rei D.Afonso Henriques.

Desde então, ficou impedida a passagem directa do território português para Olivença. Em 1801, no contexto da Guerra das Laranjas, dá-se a ocupação pelas forças espanholas de Godoy da vila portuguesa, cujos direitos portugueses foram reconhecidos pelos tratados de Alcanizes (1297) e de Viena (1815), mas nunca pelas autoridades espanholas. E na minha opinião, as autoridades portuguesas nunca souberam, ou não têm interesse, em valer os seus “reais e justos” direitos. Desculpem um aprendiz de viajante andarilho tem de ter opiniões, certo?

Há projectos para a sua reconstrução, mas em virtude das querelas fronteiriças entre Portugueses e Espanhóis, tal não foi possível ainda. Assim, entre 1709 a 2001, quem quisesse visitar Olivenza, teria de passar a fronteira do Caia em Badajoz. Actualmente, o viajante pode transpor, sem qualquer dificuldade, o território português, graças à nova ponte da Ajuda, em betão armado e sem qualidade estética, construída e financiada integralmente pelo Governo de Portugal.

Hoje em dia, os Portugueses e os Espanhóis são duas faces da mesma moeda: a Península Ibérica. Ao contemplar a ponte da Ajuda, o viajante fica ciente que a sua história foi feita ao ritmo dos confrontos bélicos entre os dois lados da fronteira. Daí, as sucessivas destruições e construções ao longo de mais dois séculos. Infelizmente, desde a primeira metade do século XVIII, que está em ruínas. Falar da ponte da ajuda, a meu ver, é falar estórias que fizeram a História de Portugal. 

Deixo-vos um olhar fotográfico desta icónica e histórica ponte do rio Guadiana. Quem disse que a silhueta das ruínas não é fotogénica? 

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📌À descoberta de Marvão: roteiro fotográfico por uma “sentinela” de pedra com muitas estórias da História de Portugal…

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Canhões da Memória. Em tempos idos, estes canhões fustigavam o invasor.

O Alentejo é uma antiquíssima região portuguesa valorizada pelo seu património natural e edificado. Para os amantes do turismo cultural, de natureza e do turismo militar, esta região portuguesa é uma boa opção de visita que combina actividades de lazer,natureza e culturais com o descanso. Durante o meu roteiro fotográfico pela região do Alto Alentejo, no sul de Portugal,  tive a oportunidade de visitar a vila de Marvão, em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede. Desde tempos milenares, os rochedos de Marvão eram um local de refúgio para as povoações face aos exércitos invasores. Na época romana, ao que parece, este local já detinha uma certa importância bélica…

Panorama CasteloMarvão
Panorâmica Geral da Fortaleza de Marvão

A Vila-Fortificada de Marvão, localiza-se no Alto Alentejo, num planalto setentrional da serra de S. Mamede e é limitado geograficamente a sul pelo concelho de Portalegre, a oeste por Castelo de Vide e a este e norte pela fronteira com o Reino de Espanha. Nos censos de 2011, o concelho de Marvão contava com cerca de 3500 almas. Já no serro de Marvão, isto é no  interior do complexo fortificado ainda resistem, ou zelam pelo património edificado, cerca de 500 habitantes. Um número bastante abaixo dos seus tempos áureos das lutas fronteiriças durante a Guerra da Restauração (1640-1668).

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Vista parcial da Torre de Menagem do Castelo de Marvão

Pitoresca vila-fortaleza, situada em pleno interior da Serra de São Mamede, reflete  a adaptação do Homem ao meio ambiente durante milénios. A meu ver, Marvão conquista de imediato quem a vê,  no alto de um cabeço montanhoso, desde a estrada da fronteira de Porto Roque. É uma sentinela da fronteira, um belo exemplo da arquitectura-militar portuguesa.

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Aspecto parcial do casario branco do interior da vila de Marvão

Um amante da História vê o Castelo de Marvão e a paisagem da Serra de São Mamede como testemunha do passado das lutas fronteiriças entre o Reino de Portugal e Castela (mais tarde, Reino de Espanha), sendo que a Guerra da Restauração (1640-1668) foi o zénite da importância bélica desta praça-fortificada. Mais tarde, os confrontos resumiram-se a ocupações pontuais de exércitos estrangeiros, como são exemplos, a Guerra de Sucessão Espanhola (1705-1715) e as Invasões Francesas (1807-1811).

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Durante o Período Árabe – séc. IX-X  – a vila de Marvão era identificada na documentação califal, neste caso, pelo historiador cordovês Isa Ibn Áhmad ar-Rázi, como a Fortaleza de Amaia ou de Amaia-o-Monte, em virtude de ter exisitido uma fortificação do inicio do século I.d.c. Também a sua actual designação advém, ainda do mesmo autor citado anteriormente, pela existência de um muladi emeritense – descedente de uma mãe não árabe – chamado ‘Abd ar-Rah.ma:n Ibn Marwa:n Ibn Yu:nus al-Jillí:qi (Ab-derramão filho de Marvão filho de Iúnece – i. e. Johannes-João – o Galego), que se destacou no último quartel do séc. IX como rebelde contra o poder centralizador do o Emirato Omíada de Córdova. Verificamos, assim, que esta fortaleza raiana sempre assumiu o papel de zelar pela fronteira e pelo território que a circunda, desde tempos ancestrais. Não há dúvidas que estamos perante uma “sentinela do reino”.

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Para comprovar a importância estratégica desta praça da raia alentejana, deixo-vos um facto histórico cabalmente documentado pelo Tenente Coronel Engenheiro, Tomás de Vila Nova e Sequeira, através de uma impressão pessoal datado de 1796: “(…) A posição que tem na linha da Fronteira a faz importante para a sua defesa, porque de Valência de Alcântara ou de Albuquerque para Portalegre, para o Crato, para Castelo de Vide e também para Ribatejo, não há outra estrada por onde se possa conduzir artilharia que a do Porto da Espada, que passa à vista da Praça no sítio a que chamam o Prado, e por ela também é que se pode levar artilharia contra a mesma Praça.”

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Aspecto geral da Alcáçova do Castelo de Marvão

Nas proximidades…

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Aspecto geral da antiga Estação de Marvão-Beirã (1880-2012)

Sabia que há um segredo bem guardado, perto da Vila de Marvão? É o TRAIN STOP GUESTHOUSE . Se gosta de cultura ferroviária, recomendo este fabuloso espaço para pernoitar a poucos quilómetros da vila de Marvão. Deixe-se capturar pela história e beleza da antiga estação de comboios de Marvão-Beirã. Garantimos que só se vai perder de encantos, pela História do Ramal de Cáceres, pela arquitectura industrial e pelos famosos azulejos (de Jorge Colaço) desta estação fronteiriça desactivada, que deu lugar a um projecto de alojamento local. É, seguramente, uma viagem pela História e pela arte portuguesa.

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Antigo Posto-Fronteiriço de Marvão

Na fronteira de Galegos, porta de entrada para quem vem do Reino de Espanha, existiu um importante pólo residencial do concelho de Marvão: o bairro de Porto Roque. Inaugurado em 1972,  era constituído por 20 fogos e 16 edifícios com uma área coberta de 3450m2, em 20 hectares de terreno. Com a abolição das fronteiras, em 1993, e com a introdução do espaço Schengen foram desactivados os serviços da Guarda Fiscal que funcionavam na fronteira de Galegos, tendo sido todo o património edificado entregue ao tempo, com poucas casas ocupadas e edifícios em avançado estado de degradação.

Panorama FronteiraPortoRoque
Aspecto Geral do Bairro de Porto Roque (Marvão)

Ao desfrutar a estrada que nos conduz desde o antigo posto-fronteiriço de Porto Roque até ao topo da Vila de Marvão, ficamos com a sensação de tranquilidade, apesar do cansaço da condução no asfalto. Transporta a fronteira, a paisagem perde a sua monotomia e ganha outro sentido para o nosso olhar. Todavia, ganhamos outro ânimo quando nos deparamos com as muralhas bélicas, as ruas e vielas desta vila fortificada do Alto Alentejo. E sem guias turisticos, entramos numa viagem pelo tempo,através de antigas  muralhas medievais e baluartes em estilo vauban que nos alimentam a alma de viajante e olhar de fotógrafo andarilho. Já tinha saudades de sentir a genuidade do povo do interior de Portugal. Nada como ouvir um Bom Dia ou uma Boa Tarde de um habitante local a um forasteiro que visita a sua aldeia / vila raiana Alentejana. Até parece mal educado não falar. Porque o Homem quando viaja, adapta-se ao meio. O que fica na minha memória? Os sentidos, a gastronomia, a arquitectura,o anfiteatro natural, a história, entre outras coisas mais. A experiência, essa, fica para nós.

Bairro da Fronteira do Porto Roque [Marvão] (3)

Viaje,mas devagar. Aventure-se Além do Tejo! E descubra-se.

Como chegar

A partir de Lisboa opte pela A12, via Ponte Vasco da Gama, e depois pela A6 até Évora (Elvas/Badajoz). Saia em Évoramonte. Siga na direção de Estremoz (N18). Se já se encontra na cidade de Estremoz (IP2) tome a direção de Portalegre/Castelo Branco. A partir da vila de Marvão opte pela N246 até Castelo de Vide. Ou pela N359 (Beirã/Marvão).

Coordenadas geográficas de Marvão, Latitude: 39.3936, Longitude: -7.37365

Câmara Municipal de Marvão @ Créditos Fotográficos

Onde Comer

As migas do restaurante Sabores de Marvão, na aldeia da Beirã-Marvão, contam-se entre os petiscos e sugestões durante uma visita ao Alto Alentejo – uma região que não nos convence apenas pela paisagem,mas também pelo paladar. É uma excelente opção para degustar e petiscar a gastronomia da região do Alto Alentejo. A meu ver, com uma boa relação de preço/qualidade.

Restaurante “Sabores de Marvão”

Rua 16 de Julho, Nº 46
7330-012 Beirã
Telf: 245 992 710

Onde ficar

logo

Estação ferroviária de Beirã/Marvão
Largo da Alfândega,
7330-012 Beirã

Gestão e Reservas :
+351 963 340 221
Comunicação e Marketing :
+351 963 237 402
Email:
info@trainspot.pt

Para mais informações:

Roteiro pelos Castelos do Alto Alentejo

Turismo do Alentejo

Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos

Municipio de Marvão

Posto de Turismo de Marvão

Direção Regional de Cultura do Alentejo

Train Spot (Guest House)

Nota importante

As presentes informações não têm natureza vinculativa, funcionam apenas como indicações, dicas e conselhos, e são susceptíveis de alteração a qualquer momento. O Blogue OLIRAF não poderá ser responsabilizado pelos danos ou prejuízos em pessoas e/ou bens daí advenientes. Se quiser partilhar ou divulgar as minhas fotografias, poderá fazê-lo desde que mencionei os direitos morais e de autor das mesmas.

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Texto: Rafael Oliveira  | Fotografia: Oliraf Fotografia

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Fotografia•Viagens•Portugal © OLIRAF (2016)

Contact: oliraf89@gmail.com

📌À descoberta de Castelo de Vide: roteiro fotográfico pela “Sintra do Alentejo”…

O Alentejo é uma antiquíssima região portuguesa valorizada pelo seu património natural e edificado. Para os amantes do turismo cultural, de natureza e do turismo militar, o Alentejo é uma boa opção de visita que combina actividades de lazer,natureza e culturais com o descanso. Durante o meu roteiro fotográfico pela região do Alto Alentejo, no sul de Portugal,  tive a oportunidade de visitar a vila de Castelo de Vide: a “Sintra do Alentejo”, em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede.

Castelo de Vide (5)
Muralhas da Vila de Castelo de Vide

Falavam-me de Marvão. Tens de ir visitar, Rafael. É um dos locais mais pitorescos de Portugal. Farto de ouvir relatos, de conhecidos e desconhecidos, decidi meter a mochila às costas e ir verificar com os meus próprios olhos. Todavia, não foi a vila fortificada de Marvão que cativou o meu olhar fotográfico. A menos de 10 km, do alto do Castelo de Marvão, deparei-me com um casario branco que reluzia no “verde” da Serra de São Mamede: Castelo de Vide. A Sintra do Alentejo. 

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Centro Histórico de Castelo de Vide – Estátua do monarca D.Pedro V (1837-1861)

Castelo de Vide é, para mim, um dos locais mais típicos e genuínos do nosso Portugal. O que despertou o meu interesse nesta experiência pessoal? Vejamos, a escadaria que desce pela Judiaria até à Fonte da Vila,as ruelas do Centro Histórico, o antigo burgo medieval, as inúmeras portas com arcos ogivais e a bela janela da torre de menagem do Castelo medieval. Sabia que o médico Garcia D`Orta, o legislador liberal Mouzinho da Silveira e o capitão de abril Salgueiro Maia eram naturais desta terra? De facto, uma terra com muitas estórias da nossa História.

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Aspecto da Judiaria de Castelo de Vide

A arrebatadora Judiaria de Castelo de Vide. Quem diria que esta vila alentejana carrega consigo memórias vivas e simbologias da intolerância religiosa, mas também elementos da vivência da tradição judaica no quotidiano local. Com a perseguição dos Judeus de Castela (Decreto de Alhambra – 1492), muitos procuram refúgio em Castelo de Vide. Das 15 familias judias existentes nesta localidade raiana, juntaram-se cerca de cinco mil judeus até ao final do século XV. Entre eles, os pais do médico Garcia D`Orta ou de Benedito Espinosa. Mais tarde, por motivos estratégicos e políticos, o “Venturoso” opta pela conversão em massa de Judeus: os cristão-novos. Muitos Serfaditas – Judeus Ibéricos – perseguidos pela Inquisição optam por fugir para o Norte da Europa, as colónias ibéricas do Novo Mundo (América), Magrebe (Marrocos) ou Oriente. (Goa).

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Fonte da Vila – um dos monumentos Ex-Libris de Castelo de Vide

Se quiser saber mais sobre o legado histórico dos judeus em  Castelo de Vide, saliento a edição do passado dia 12 de junho do jornal Jerusalem Post inclui um artigo intitulado “Unspoiled Alentejo – Perfect for the art of doing anything” [trad: Alentejo não explorado – perfeito para a arte de não fazer nada”, resultado da press trip de um jornalista de Israel ao Alentejo, através da Agência de Promoção Turística do Alentejo. Mas, Castelo de Vide transporta uma herança pesada: a perseguição movida pela Inquisição aos Judeus. Tive oportunidade de visitar uma exposição sobre os instrumentos e métodos de tortura utilizados no tempo da Inquisição.

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Vista panorâmica do Castelo de Vide

Ao “saborear” as ruas e vielas do Alto Alentejo, sem mapas, entramos numa viagem pelo tempo,através de antigos burgos medievais que nos alimentam a alma de viajante. E sabe sempre bem ouvir um Bom Dia ou uma Boa Tarde de um habitante local a um forasteiro que visita a sua aldeia / vila raiana Alentejana, Até parece mal educado não falar. Porque o Homem quando viaja, adapta-se ao meio. O que fica na minha memória? Os sentidos, a gastronomia, a arquitectura,o anfiteatro natural, a história, entre outras coisas mais.

Viaje,mas devagar. Aventure-se Além do Tejo! E descubra-se.

Como chegar

A partir de Lisboa opte pela A12, via Ponte Vasco da Gama, e depois pela A6 até Évora (Elvas/Badajoz). Saia em Évoramonte. Siga na direção de Estremoz (N18). Se já se encontra na cidade de Estremoz (IP2) tome a direção de Portalegre/Castelo Branco. A partir da vila de Marvão opte pela N246 até Castelo de Vide.

Coordenadas GPS – 39º24’55.46″N | 7º27’20.04″O

Onde comer

Neste particular, a bochecha de porco preto do restaurante A Confraria, próximo do Centro Histórico de Castelo de Vide,  é uma excelente opção para degustar e petiscar a gastronomia da região do Alto Alentejo. A meu ver, com uma boa relação de preço/qualidade. Aqui podemos realizar provas de produtos regionais, provar os maravilhosos gelados confeccionados à taça e, se ainda não tiver satisfeito, os deliciosos crepes confeccionados com produtos regionais.

Restaurante “A Confraria”

Morada:
Rua de Santa Maria de Baixo, n.º 10
7320-137 Castelo de Vide

Telemóvel: 916 603 652
N.º de lugares: 26 c/ esplanada

Onde ficar

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Largo da Alfândega,
7330-012 Beirã

Gestão e Reservas :
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Comunicação e Marketing :
+351 963 237 402
Email:
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Roteiro pelos Castelos do Alto Alentejo

Turismo do Alentejo

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Municipio de Castelo de Vide

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Train Spot (Guest House)

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Texto: Rafael Oliveira  | Fotografia: Oliraf Fotografia

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📌À descoberta do Castelo de Belver: um “Guerreiro de Pedra” singular do Alto Alentejo…

⚔️ O Alentejo é uma antiquíssima região portuguesa valorizada pelo seu património natural e edificado. Para os amantes do turismo cultural, de natureza e do turismo militar, o Alentejo é uma boa opção de visita que combina actividades de lazer,natureza e culturais com o descanso. Durante o meu roteiro fotográfico pela região do Alto Alentejo, no sul de Portugal,  tive a oportunidade de visitar a aldeia de Belver, um dos “tesouros naturais e edificados” do Rio Tejo.CasteloBelver (1)

Belver. Uma motivação antiga. Há muito tempo que “cogitava” para visitar esta aldeia,  com quase mil habitantes (censos 2001),  e o seu “guerreiro de pedra” que domina a paisagem em redor. Para mim, esta “Sentinela do Tejo” é um dos mais belos castelos medievais de Portugal. Infelizmente, não é tão conhecido como o “turístico” Castelo de Almourol. Não tanto pela sua arquitetura militar, de planta circular, com capela no interior, mas pela sua envolvente paisagística. Pela localização estratégica, num altaneiro morro sobranceiro ao Tejo, foi o primeiro castelo construído pela Ordem Militar –  os Hospitalários -, em 1194, em Portugal. Reinava D. Sancho I (1174-1211), filho de D. Afonso Henriques, quando doou a Afonso Paes, prior da Ordem do Hospital, uma ampla propriedade para defender a margem norte do rio Tejo – a linha de fronteira entre Cristãos e Muçulmanos – contra as investidas dos infiéis Sarracenos. Porém, havia outro propósito: sua Majestade procurava contrariar a hegemonia territorial, institucional e militar da Ordem do Templo na região envolvente. Era, segundo testamento do “povoador”, um dos seis locais do reino onde se conservava o tesouro real.  Segundo Mário Barroca, com base em fontes documentais medievais, o topónimo desta povoação portuguesa de “Belver” está relacionado com um dos mais conhecidos castelos detido pelos Hospitalários na Terra Santa, à época das Cruzadas, o Castelo de Belvoir (Galileia, Israel).

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Um elemento diferenciador na paisagem – o castelo: «Presentes de norte a sul do território português, os castelos e as cinturas de muralhas que serviram um dia para proteger vilas e cidades são, ainda hoje, testemunhos vivos de um dos períodos mais fascinantes e ricos da História de Portugal», como afirma o Historiador Miguel Gomes Martins no seu recente livro “Guerreiros de Pedra“. Trata-se de uma obra fundamental para a compreensão histórica e da arquitetura militar na Idade Medieval Portuguesa, dando-nos  a conhecer o quotidiano, os pormenores militares e acontecimentos mais marcantes que desempenharam na História de Portugal. Mário Barroca (2000, pp.199) considera este Castelo e a sua estrutura militar edificada uma das mais representativas da fase românica da arquitetura militar no nosso país. Ao subirmos a Torre de Menagem do Castelo de Belver, isolada do centro do recinto muralhado, podemos contemplar uma das mais belas visões feitas pela mãe-natureza: o rio Tejo.

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Para além da visita ao Castelo de Belver, recomendo uma visita ao Museu do Sabão, nas proximidades do centro da aldeia. O projecto museológico está numa antiga Escola Primária do Estado Novo recuperada do abandono, no qual através de uma experiência interactiva – física e visual, podemos fazer uma viagem pelo tempo sobre este produto de primeira necessidade, bem como da memória colectiva dos Saboeiros de Belver.

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A poucos quilómetros da aldeia de Belver, tive a oportunidade conhecer o Alamal, localizado no concelho de Gavião, no Alto Alentejo, com a sua praia fluvial pitoresca e com uma envolvente paisagística do Rio Tejo/Castelo de Belver ímpar. Mais tarde,  fiquei a dormir no Alamal River Club. Trata-se de uma unidade de alojamento local (ex-Inatel), recentemente recuperada por um jovem casal, a  Catarina e o Henrique. Destaco a  qualidade do projecto turístico, situado numa área com enormes potencialidades dos amantes do turismo ligado a actividades de natureza, cultura e desportos náuticos .

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Um dos ex-libris do Alamal, para além da excelente praia fluvial, são os passeios de barco no Tejo organizados pelo Carlos do Bar/Restaurante da Praia do Alamal. Recomendo um passeio para contemplar as belas paisagens do Vale do Tejo. No meu caso particular,optei por realizar um passeio, em ritmo de treino, de canoagem (6€/hora).

O melhor do Alentejo não está no Google Maps…

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Sabem uma coisa? Nada como sair do quotidiano agitado de uma grande cidade. Deixar a rotina de um trabalhador-comum à frente do computador, pegar na máquina fotográfica, no mapa, no telemóvel e ir para o terreno. Ir fazer o trabalho de “campo” como costumo dizer. Para mim,o lugar de um fotógrafo é lá fora. Melhor ainda se o roteiro fotográfico implicar uma agenda ligada ao património histórico-cultural. Deixo-vos alguns dos locais que visitei neste roteiro fotográfico pelo Alentejo…

Viaje,mas devagar. Aventure-se Além do Tejo! E descubra-se.

✈ Como chegar:

Se pretender ir de Gavião para Belver ou Mação, deverá seguir pela EN118 até Alvega, seguir pela EN358 de Alvega até Mouriscas e pela EN3 de Mouriscas até Mação e prosseguir até Belver e inverso.

🍜 Onde comer:

Neste particular, optei por levar “almoço-volante”. Uma expressão que era utilizada nos Escuteiro, quando traziamos comer de casa ou do supermercado para o almoço. É opção mais económica para um viajante andarilho. Todavia, poderá optar pelos restaurantes locais na aldeia de Belver e na Praia do Alamal  que, estou certo,poderão ter boas sugestões gastronómicas regioanais.

🏠 Onde ficar:

No que toca ao alojamento, optei pelo Alamal River Club, em Gavião, localizado próximo de Belver. Este espaço hoteleiro é uma boa opção para quem gosta do conceito de viajar com tempo,com calma e que queira fazer actividades ligadas ao Turismo de Natureza. Importa referir que o alojamento contam com serviço pequeno almoço.

Alamal River Club

MORADA: Praia Fluvial do Alamal 6040-060, Gavião, Portalegre
TELEFONE: +351 241 638 000
FAX: +351 241 638 009
EMAIL: geral@alamalriverclub.com
FACEBOOK: Alamal River Club

🔗Para mais informações:

Aqui poderá encontrar, por exemplo, extensa documentação e dicas sobre o património material e imaterial  nos seguintes links/referências bibliográficas:

Roteiro pelos Castelos do Alto Alentejo

Turismo do Alentejo

Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos

Junta Freguesia de Belver

Direção Regional de Cultura do Alentejo

Castelo de Belver (História)

Alamal River Club

BEBIANO, Rui [et al.] – Nova história militar de Portugal. Dir. Manuel Themudo Barata, Nuno Severiano Teixeira; coord. António Manuel Hespanha. Lisboa : Círculo de Leitores, [200-]-. v. : il. ; 28 cm. Contém bibliografia. 2º v.: imp. 2004. – 407 p. a 2 colns. 3º v.: imp. 2004. – 487 p. a 2 colns. 4º v.: imp. 2004. – 623 p. a 2 colns. 5º v.: imp. 2004. – 560 p. a 2 colns. ISBN 972-42-3071-6. ISBN 972-42-3246-8

Castelo de Belver (Informação)

Localização Geográfica: 39.4953995,-7.9579639 (ver no mapa)
Telefone: +351 266769450+351 965501477

HORÁRIO:

Terças, quartas, quintas e sextas: das 10:00h às 13:00h e das 14:00h às 18:00h
Sábados, domingos e feriados
: das 14:00h às 18:00h
Descanso Semanal: Segundas feiras

PREÇOS:

Bilhete Normal: 2,00€

Jovens entre os 15 e os 25 anos, portadores de cartão jovem, portadores de deficiência, adultos com mais de 65 anos e professores: 1,00€

Crianças até aos 14 anos: Entradas livres

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Agradecemos a divulgação do nosso trabalho. ✔️

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📌À descoberta do Castelo de Évora Monte: uma aldeia monumento que nos surpreende…

Évora-Monte (1)

Évora Monte é uma bonita vila alentejana do concelho de Estremoz, situada na vasta planície do Alentejo Central, erguendo-se no cimo de uma colina com mais de 400 metros de altitude na parte mais ocidental da Serra d’Ossa. O Castelo e as muralhas foram mandadas construir por D. Dinis, em 1306, contando  com quatro portas principais: a Porta do Sol, a Porta do Freixo virada a poente e as Portas de S. Brás e de S. Sebastião, e que recebem o seu nome das ermidas dedicadas aos mesmos santos, situadas no exterior do Castelo. No Século XVI, com o objectivo de preparar o castelo para a arquitectura pirobalistica, as muralhas foram acrescentadas “torreões-canhoeiras” em locais estratégicos para a sua defesa.

Évora-Monte (2)

O célebre Paço fortificado (apesar do seu aspecto bélico, era apenas usado para jornadas de caça)  com quatro torreões cilíndricos definindo um perímetro quadrangular, de eminente gosto italianizante, e decorado nos panos com nós pétreos, que lhe conferem particular carga simbólica. a meu ver, a lembrar a velha máxima da Casa de Bragança: Depois de vós, nós. Esta campanha palaciana foi dirigida por Francisco de Arruda em 1531, já com um longo currículo ao serviço da Casa Real Portuguesa, a mando de D.Teodósio. De facto, este paço é uma construção sem precedentes em Portugal e na arquitectura militar do Século XVI, sendo demonstrativo do poderio da Casa de Bragança, pela sua localização, grandeza e visibilidade a muitos quilómetros de distância.

Évora-Monte (11)

Assinale-se ainda um facto da História de Portugal a que se encontra ligada a vila: no n.º41 da Rua da Convenção foi assinada, em 26 de Maio de 1834, a célebre Convenção de Évoramonte, documento que consagrou o fim da fratricida Guerra Civil Portuguesa (1832-1834), entre partidários do Absolutismo e do Liberalismo. Na assinatura do documento estiveram os generais-duques de Saldanha e da Terceira, pelo lado de D.Pedro IV, e de João António de Azevedo e Lemos por D.Miguel.

Évora-Monte (7)

As ruas no interior do centro histórico de Évoramonte guardam a essência da época medieval, de tranquilidade e da tradição alentejana. Dentro das suas muralhas, reina a calma e a paz, bem como o seu paçoum dos raros castelos portugueses que alia características únicas: pelo conjunto arquitectónico que enquadra, pela excelência da paisagem que dele se pode desfrutar, mas também pela sua importância histórica.

Évora-Monte (9)

Podemos observar a vasta paisagem da planície Alentejana, do topo do Torreão,  que emoldura esta pequena povoação histórica amuralhada do Alentejo Central. Se vai pela A6, em direção a Elvas/Badajoz, faça um desvio no seu itinerário de viagem e aproveite para visitar Évora-Monte. Não se vai arrepender. Palavra de Escuteiro (se não é adepto da velha máxima “uma imagem vale mil palavras”). A vista, só por si, vale bem a visita neste local, mas a pacatez da vila e a simpatia dos habitantes, fazem desta vila perfeita para uma escapadinha no Alentejo.

Évora-Monte (3)

Actualmente, a região do Alentejo é um dos destinos mais procurados pelos turistas e viajantes estrangeiros, o que revela a excelência cultural e gastronómica. Os lugares que descrevo neste artigo é um dos muitos pontos altos do roteiro de viagem que fiz pelas estradas desta região portuguesa: À DESCOBERTA DOS “GUERREIROS DE PEDRA” DO ALTO ALENTEJO. De facto, o interior alentejano nunca deixa de me surpreender. Não bastava Evoramonte ser um dos ex-libris, com o seu castelo, as suas muralhas, o casario típico, o seu gaspacho e as suas gentes acolhedoras… e ainda nos oferece uma exuberante vista para a planície alentejana…

Para mais informações:

Castelo de Evoramonte

38.7717361,-7.7159429 (ver no mapa)
Evoramonte
Tipo: Castelo
Telefone: +351 268 950 025
Horário: 10h00-13h00 / 14h00-17h00
Dia de encerramento: 2ª feira, 3ª feira de manhã e no 2º fim de semana de cada mês. Feriados 1 Jan. Domingo de Páscoa, 1 Maio, 25 Dezembro e 3 de Junho

Nota importante [👤]

As presentes informações não têm natureza vinculativa, funcionam apenas como indicações, dicas e conselhos, e são susceptíveis de alteração a qualquer momento. O Blogue OLIRAF não poderá ser responsabilizado pelos danos ou prejuízos em pessoas e/ou bens daí advenientes. Se quiser partilhar ou divulgar as minhas fotografias, poderá fazê-lo desde que mencione os direitos morais e de autor das mesmas.

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📌À descoberta dos “Guerreiros de Pedra” do Alto Alentejo…

À descoberta dos Castelos do Alto Alentejo e da Linha do Tejo: 4 dias e 3 noites pela região do Alentejo.

Oliraf_Montemor-o-Novo
Castelo de Montemor-o-novo

Novo Roteiro, nova viagem. Confesso que já tomei o gosto de programar uma pequena viagem para um fim de semana prolongado. Se estava a pensar em ficar em casa, mudei de ideias. De facto, sugestões de “escapadinhas” turístico-militares não faltam em Portugal. O património natural e edificado estão em destaque nesta aventura de quatro dias pelo Alentejo, aproveitando o fim-de-semana prolongado de 10 a 13 de Junho, durante a qual realizei uma reportagem fotográfica para o blogue OLIRAF.

EstremozRuaDireita
Rua Direita em Estremoz

O Alentejo é uma antiquíssima região portuguesa valorizada pelo seu património natural e edificado. Para os amantes do turismo cultural, de natureza e do turismo militar, o Alentejo é uma boa opção de visita que combina actividades de lazer,natureza e culturais com o descanso. Nesta reportagem fotográfica sobre a região do Alto Alentejo, no sul de Portugal,  destacamos as “bonitas” vilas de  Évora-Monte, Castelo de Vide, Marvão e Belver, os “tesouros naturais ” como a Serra de São Mamede/Rio Tejo e, principalmente, a gastronomia alentejana.

MontemoroNovo (3)
Ruínas do Palácio dos Alcaides em Montemor-o-Novo

Um elemento diferenciador na paisagem – o castelo: «Presentes de norte a sul do território português, os castelos e as cinturas de muralhas que serviram um dia para proteger vilas e cidades são, ainda hoje, testemunhos vivos de um dos períodos mais fascinantes e ricos da História de Portugal», como afirma o Historiador Miguel Gomes Martins no seu recente livro “Guerreiros de Pedra“. Trata-se de uma obra fundamental para a compreensão histórica e da arquitectura militar na Idade Medieval Portuguesa, dando-nos  a conhecer o quotidiano, os pormenores militares e acontecimentos mais marcantes que desempenharam na História de Portugal.

Arraiolos (2)
Castelo de Arraiolos

Viajar na ignorância do passado histórico de um país ou de uma região deixa-nos impotentes de entender o «porquê» de qualquer facto ou gentes. Por exemplo, a importância do património edificado, neste caso, os castelos,  que contam a História de um país ou de um povo. Portugal, de facto, guarda grandes e pequenos tesouros que nos fascinam pela sua arquitectura, monumentalidade e paisagem.

Arronches
Vila de Arronches (Portalegre)

Em Portugal, o final do séc. XIII e princípio do séc. XIV foram marcados pelo Reinado de D. Dinis (1279-1325), caracterizada pela afirmação do poder régio e pela definição dos limites fronteira luso-castelhana, rectificada com o tratado de Alcanizes (1297). Trata-se da fronteira política mais antiga e estável do continente Europeu. Ao viajarmos pela raia portuguesa, verificamos a forte presença e cunho deste monarca lusitano. Com sentido de Estado excecional, um politico nato,D. Dinis promoveu o repovoamento das terras, da construção de muralhas e castelos, construção de uma marinha e do ensino universitário.

 

Marvão (19)

Sabem uma coisa? Nada como sair do quotidiano agitado de uma grande cidade. Deixar a rotina de um trabalhador-comum à frente do computador, pegar na máquina fotográfica, no mapa, no telemóvel e ir para o terreno. Ir fazer o trabalho de “campo” como costumo dizer. Para mim,o lugar de um fotógrafo é lá fora. Melhor ainda se o roteiro fotográfico implicar uma agenda ligada ao património histórico-cultural. Deixo-vos alguns dos locais que visitei neste roteiro fotográfico pelo Alentejo…

Évora-Monte

Évora-Monte (1)
Castelo de Évoramonte

Évora Monte é uma bonita vila alentejana do concelho de Estremoz, situada na vasta planície do Alentejo Central, erguendo-se noo cimo de uma colina com mais de 400 metros de altitude na parte mais ocidental da Serra d’Ossa. O Castelo e as muralhas foram mandadas construir por D. Dinis, em 1306, contando  com quatro portas principais: a Porta do Sol, a Porta do Freixo virada a poente e as Portas de S. Brás e de S. Sebastião, e que recebem o seu nome das ermidas dedicadas aos mesmos santos, situadas no exterior do Castelo. No Século XVI, com o objectivo de preparar o castelo para a arquitectura pirobalistica, as muralhas foram acrescentadas “torreões-canhoeiras” em locais estratégicos para a sua defesa.

Évora-Monte (2)
Paço de Évoramonte

O célebre Paço fortificado (apesar do seu aspecto bélico, era apenas usado para jornadas de caça)  com quatro torreões cilíndricos definindo um perímetro quadrangular, de eminente gosto italianizante, e decorado nos panos com nós pétreos, que lhe conferem particular carga simbólica. a meu ver, a lembrar a velha máxima da Casa de Bragança: Depois de vós, nós. Esta campanha palaciana foi dirigida por Francisco de Arruda em 1531, já com um longo currículo ao serviço da Casa Real Portuguesa, a mando de D.Teodósio. De facto, este paço é uma construção sem precedentes em Portugal e na arquitectura militar do Século XVI, sendo demonstrativo do poderio da Casa de Bragança, pela sua localização, grandeza e visibilidade a muitos quilómetros de distância.

Évora-Monte (7)

Assinale-se ainda um facto da História de Portugal a que se encontra ligada a vila: no n.º41 da Rua da Convenção foi assinada, em 26 de Maio de 1834, a célebre Convenção de Évoramonte, documento que consagrou o fim da fratricida Guerra Civil Portuguesa (1832-1834), entre partidários do Absolutismo e do Liberalismo. Na assinatura do documento estiveram os generais-duques de Saldanha e da Terceira, pelo lado de D.Pedro IV, e de João António de Azevedo e Lemos por D.Miguel.

Évora-Monte (9)

As ruas no interior do centro histórico de Évoramonte guardam a essência da época medieval, de tranquilidade e da tradição alentejana. Dentro das suas muralhas, reina a calma e a paz, bem como o seu paçoum dos raros castelos portugueses que alia características únicas: pelo conjunto arquitectónico que enquadra, pela excelência da paisagem que dele se pode desfrutar, mas também pela sua importância histórica.

Évora-Monte (3)
Aspecto parcial de Évoramonte, vista do paço.

Podemos observar a vasta paisagem da planície Alentejana, do topo do Torreão,  que emoldura esta pequena povoação histórica amuralhada do Alentejo Central. Se vai pela A6, em direção a Elvas/Badajoz, faça um desvio no seu itinerário de viagem e aproveite para visitar Évora-Monte. Não se vai arrepender. Palavra de Escuteiro (se não é adepto da velha máxima “uma imagem vale mil palavras”).

Vila de Alburquerque (Badajoz, Extremadura Espanhola)

PaisagemFronteiraRaiaAlentejo
Fronteira Luso-Espanhola

Passeando pelas cidades e vilas da região da Extremadura Espanhola (La Codosera ou Valência de Alcântara), fui descobrir uma vila que me impressionou pelo seu Castillo. Alburquerque, próximo de Badajoz, tem um património histórico-militar impressionante pela sua magnitude e importância, em virtude das constantes guerras e escaramuças travadas ao longo da História entre o Reino de Portugal e de Castela (posteriormente Reino de Espanha). A vida quotidiana, nestas pitorescas vilas, apesar de ficar tão perto da nossa fronteira é completamente diferente da que se vive em Portugal.

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Castillo de Alburquerque

O Castelo de Alburquerque (Castillo de Luna) é um dos castelos mais bem conservados de todo o Reino de Espanha. Contém uma História riquíssima sobre a importância estratégica do controlo das fronteiras na zona raia espanhola-portuguesa. Recomendo a visita ao interior da Torre de Menagem, a vista para Portugal e as animações turísticas no seu interior. E não se paga.

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Aspecto de uma Rua típica de Alburquerque

Wow…B-R-U-T-A-L! Foram as palavras quando deparei-me com este “Guerreirão de Pedra”. Nunca pensei que tivesse tanta História Lusitana nestas pedras. Vejamos, D. Afonso de Sanches, filho bastardo de D.Dinis foi o primeiro Senhor deste Castelo (andava chateado com o maninho D.Afonso IV). Inês de Castro esteve aqui, enquanto D.Pedro I estava em Ouguela. Mais tarde, durante quase dez anos foi uma praça-forte portuguesa durante a Guerra de Sucessão Espanhola (entre 1705-1715), só devolvida com o Tratado de Utrecht.

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Vila de Alburquerque, vista parcial.

Este “Castillo” vale pela paisagem que domina e pelo seu interior. Na minha opinião, um dos mais belos e bem conservados castelos de “Nuestros Hermanos”. Sim,porque, os Espanhóis não brincam em serviço quando se trata de proteger e promover o seu património histórico-cultural.

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Centro Histórico

Tive oportunidade de visitar este restaurante espanhol de cozinha de autor durante a minha visita ao Castillo de Luna. Recomendaram-me. E não fiquei desiludido. Tem uma boa relação custo/qualidade. Ideal para almoçar durante uma escapadinha a Espanha, antes de ir para Marvão. Saliento o Gazpacho de Tomate. Gastronomia Simples e elaborada que agrada ao paladar e é um “regalo” para os olhos. Por umas horas fui um súbdito português de Felipe VI de Bourbon, Rei de Espanha.

Fronteira de Marvão-Espanha (Porto Roque)

Panorama FronteiraPortoRoque
Bairro Residencial de Porto Roque

Na fronteira de Galegos, porta de entrada para quem vem do Reino de Espanha, existiu um importante polo residencial do concelho de Marvão: o bairro de Porto Roque. Inaugurado em 1972,  era constituído por 20 fogos e 16 edifícios com uma área coberta de 3450m2, em 20 hectares de terreno. Com a abolição das fronteiras, em 1993, e com a introdução do espaço Schengen foram desativados os serviços da Guarda Fiscal que funcionavam na fronteira de Galegos, tendo sido todo o património edificado entregue ao tempo, com poucas casas ocupadas e edifícios em avançado estado de degradação.

Marvão

Panorama CasteloMarvão
Vila-fortificada de Marvão

Pitoresca vila-fortaleza, situada em pleno interior da Serra de São Mamede, reflete  a adaptação do Homem ao meio ambiente durante milénios. A meu ver, Marvão conquista de imediato quem a vê,  no alto de um cabeço montanhoso, desde a estrada da fronteira de Porto Roque. É uma sentinela da fronteira, um belo exemplo da arquitectura-militar portuguesa.

Marvão (4)
Castelo de Marvão

Um amante da História vê o Castelo de Marvão e a paisagem da Serra de São Mamede como testemunha do passado das lutas fronteiriças entre o Reino de Portugal e Castela (mais tarde, Reino de Espanha), sendo que a Guerra da Restauração (1640-1668) foi o zénite da importância bélica desta praça-fortificada. Mais tarde, os confrontos resumiram-se a ocupações pontuais de exércitos estrangeiros, como são exemplos, a Guerra de Sucessão Espanhola (1705-1715) e as Invasões Francesas (1807-1811).

Marvão (5)
Vila de Marvão,vista Torre de Menagem

O Homem adapta-se ao meio. Aqui, em Marvão, a máxima da Geografia reflete a adaptação do ser humano à paisagem dominada pelo xisto,granito e quartzito em algo que combina o útil ao agradável, um cenário que é um regalo aos olhos e que, ao mesmo tempo, nos dá um dos produtos gastronómicos mais apreciados pelos alentejanos : o porco preto.  Ao contrário do litoral desenvolvido e povoado, no Alto Alentejo temos um interior despovoado, e tantas vezes esquecido. Todavia, a importância histórico-militar de Marvão parece fazer esquecer esse distanciamento, através do potencial turístico difícil de igualar.

Marvão (6)
Rua de Marvão

Há um segredo bem guardado, perto da Vila de Marvão: TRAIN SPOT GUESTHOUSE Deixe-se capturar pela história e beleza da antiga estação de comboios de Marvão-Beirã . Garantimos que só se vai perder de encantos, pela História do Ramal de Cáceres e pela arquitectura industrial desta estação fronteiriça desactivada, que deu lugar a um projecto de alojamento local. É, seguramente, uma viagem pela História.

Marvão (12)

Castelo de Vide

Castelo de Vide (5)

Falavam-me de Marvão. Tens de ir visitar, Rafael. É um dos locais mais pitorescos de Portugal. Farto de ouvir relatos, de conhecidos e desconhecidos, decidi meter a mochila às costas e ir verificar com os meus próprios olhos. Todavia, não foi a vila fortificada de Marvão que cativou meu olhar fotográfico. A menos de 10 km, do alto do Castelo de Marvão, deparei-me com um casario branco que reluzia na Serra de São Mamede: Castelo de Vide. A Sintra do Alentejo. 

Castelo de Vide - Estátua D.PedroV (2)
Estátua de  D.Pedro V

Castelo de Vide - Judiaria (1)

Castelo de Vide é, para mim, um dos locais mais típicos e genuínos do nosso Portugal. O que despertou o meu interesse nesta experiência pessoal? Vejamos, a escadaria que desce pela Judiaria até à Fonte da Vila,as ruelas do Centro Histórico, o antigo burgo medieval e a bela janela da torre de menagem do Castelo medieval.

O que fica na minha memória? Os sentidos, a gastronomia, a arquitectura ,o anfiteatro natural, a história, entre outras coisas mais. Mas, Castelo de Vide transporta uma herança pesada: a perseguição movida pela Inquisição aos Judeus. Tive oportunidade de visitar uma exposição sobre os instrumentos e métodos de tortura utilizados no tempo da Inquisição.

Castelo de Vide - Sintra Alentejo  (2)
Centro Histórico de Castelo de Vide, vista da Torre de Menagem
Ao “saborear” as ruas e vielas do Alto Alentejo, sem mapas, entramos numa viagem pelo tempo,através de antigos burgos medievais que nos alimentam a alma de viajante. E sabe sempre bem ouvir um Bom Dia ou uma Boa Tarde de um habitante local a um forasteiro que visita a sua aldeia / vila raiana Alentejana, Até parece mal educado não falar. Porque o Homem quando viaja, adapta-se ao meio.
Castelo de Vide - FonteVila (7)
Fonte da Vila
 Se quiser saber mais sobre o legado histórico dos judeus em  Castelo de Vide, saliento a edição do passado dia 12 de junho do jornal Jerusalem Post inclui um artigo intitulado “Unspoiled Alentejo – Perfect for the art of doing anything” [trad: Alentejo não explorado – perfeito para a arte de não fazer nada”, resultado da press trip de um jornalista de Israel ao Alentejo, através da Agência de Promoção Turística do Alentejo.

Belver

Belver (11)
Aspecto Geral do Castelo e da Torre de Menagem de Belver

Belver. Uma motivação antiga. Há muito tempo que “cogitava” para visitar esta aldeia,  com quase mil habitantes (censos 2001),  e o seu “guerreiro de pedra”.que domina a paisagem em redor. Para mim, esta “Sentinela do Tejo” é um dos mais belos castelos medievais de Portugal. Não tanto pela sua arquitectura militar, de planta circular, com capela no interior, mas pela sua envolvente paisagística. Pela localização estratégica,num altaneiro morro sobranceiro ao Tejo, este Castelo foi o primeiro a ser construído no séc. XII pela Ordem do Hospital, reinava D. Sancho I. O seu objectivo era prevenir novas incursões muçulmanas a norte do Tejo, quando este rio era a fronteira entre duas civilizações: a cristã e a muçulmana.

Belver (13)
Panorama do Vale do Tejo,vista da Torre de Menagem do Castelo de Belver.

Para além da visita ao Castelo de Belver, recomendo uma visita ao Museu do Sabão, nas proximidades do centro da aldeia. O projecto museológico está numa antiga Escola Primária do Estado Novo recuperada do abandono, no qual através de uma experiência interactiva – física e visual, podemos fazer uma viagem pelo tempo sobre este produto de primeira necessidade, bem como da memória colectiva dos Saboeiros de Belver.

Belver (1)
Museu do Sabão (Belver)

A poucos quilómetros da aldeia de Belver, tive a oportunidade conhecer o Alamal, localizado no concelho de Gavião, no Alto Alentejo, com a sua praia fluvial pitoresca e com uma envolvente paisagística do Rio Tejo/Castelo de Belver ímpar. Mais tarde,  fiquei a dormir no Alamal River Club. Trata-se de uma unidade de alojamento local (ex-Inatel), recentemente recuperada por um jovem casal, a  Catarina e o Henrique. Destaco a  qualidade do projecto turístico, situado numa área com enormes potencialidades dos amantes do turismo ligado a actividades de natureza, cultura e desportos náuticos .

Belver (3)
Quinta do Alamal, onde se insere o Alamal River Club

Um dos ex-libris da Praia do Alamal, para além da excelente praia fluvial, são os passeios de barco no Tejo organizados pelo Carlos do Bar/Restaurante da Praia do Alamal. Recomendo um passeio para contemplar as belas paisagens do Vale do Tejo. No meu caso particular,optei por realizar um passeio, em ritmo de treino, de canoagem (6€/hora).

Belver (6)
Praia Fluvial do Alamal

O melhor do Alentejo não está no GPS…

Amieira do Tejo - Castelo&Vila (2)
Castelo da Amieira do Tejo

A Região do Alentejo, neste caso, o Alto Alentejo,  é um destino turístico de excelência em Portugal continetal: a Serra de São Mamede, o Castelo de Marvão, Belver ou o centro histórico de Castelo de Vide, por exemplo. Os lugares que descrevo neste roteiro de viagem ao Alto Alentejo são os muitos pontos altos do percurso que fiz pelas estradas desta região. Mas o melhor mesmo do Alentejo são as suas paisagens monótomas, o património histórico-militar, as suas gentes e a sua gastronomia intocada pelos alentejanos que sabem que têm aí a sua maior riqueza.

CasteloÉvoraMonte (1)

Convido-vos a irem lá, constatar o quanto são cativantes estes locais de que já sabíamos a existência. Mas, acima de tudo, aproveitem para explorar um território obscuro que existe em cada um de nós. O espírito de viajante. Viagem,por favor! Recorro a uma frase da obra O Principezinho para explicar a essência desta mini-descoberta pelo Alto Alentejo: este roteiro foi fruto de muito trabalho. Foi uma busca feita com fé, com o coração e um trabalho feito com paixão. “Só com o coração se pode ver bem. O essencial é invisível aos olhos”.

Almourol (2)
Miradouro do Castelo de Almourol (N118)

Informações

Orçamento para estes dois dias: aproximadamente 200 euros por pessoa (para despesas de refeições, gasolina e entradas nos monumentos).

Mês escolhido: Junho.

Preço médio da refeição: Se for em restaurante, com entrada, prato, copo de vinho e sobremesa, pagam aproximadamente 20 euros por pessoa.

Horários Monumentos: das 10h às 12h30 min e das 14h às 17h (Encerram às segundas-feiras, às terças-feiras da parte da tarde, no último fim-de-semana de cada mês e nos feriados de 1 Janeiro, Domingo de Páscoa, 1.ºde Maio e 25 de Dezembro. Custo (2 €).

Como ir…

CasteloBelver (1)
Para visitar Belver pode ir de Comboio (CP-Regional), desde o Entroncamento.

Lisboa-Estremoz

A partir de Lisboa opte pela A12, via Ponte Vasco da Gama, e depois pela A6 até Évora (Elvas/Badajoz). Saia em Évoramonte. Siga na direção de Estremoz (N18).

Estremoz-Albuquerque-Marvão

Se já se encontra na cidade de Estremoz (IP2) tome a direção de Arronches/Monforte, pela N369, até à fronteira de Espanha (Aldeia da Esperança)

Em Espanha opte pela estrada BAV-5004 em direção a La Codosera e depois pela BA-008 e EX-110 que vai dar a Albuquerque.

De Albuquerque a Valencia de Alcântara seguir pela EX-110. De Valencia Alcântara até Marvão seguir pela N-521 e, em Portugal, por N246-1 e depois virar para a N359 (Beirã/Marvão)

Marvão-Castelo de Vide – Gavião

A partir da vila de Marvão opte pela N246 até Castelo de Vide. Depois continue pelo IP2 até Gavião-Belver. Saia em Gavião (EN118). Alamal River Club (N244) – Barragem de Belver.

Belver – Gavião

Se pretender ir de Gavião para Belver ou Mação, deverá seguir pela EN118 até Alvega, seguir pela EN358 de Alvega até Mouriscas e pela EN3 de Mouriscas até Mação e prosseguir até Belver e inverso.

Onde ficar:

Belver (4)

No que toca ao alojamento, optei pelo D.Dinis Low Cost Hostel, em Estremoz, o GuestHouse Train Spot, em Marvão (Beirã), e o Alamal River Club, em Gavião, localizado próximo de Belver. Os dos últimos,a  meu ver, são os ideias para quem gostar do conceito de viajar com tempo e com calma (Turismo de Natureza, Lazer e Cultural). De referir que os alojamentos contam com serviço pequeno almoço, à excepção do D.Dinis Low Cost Hostel.

Marvão (16)

Onde Comer:

Neste particular, a bochecha de porco preto do restaurante A Confraria, em Castelo de Vide, o gazpacho do restaurante El Fogon de Santa Maria, em Alburquerque (Espanha) e as migas do restaurante Sabores de Marvão, na aldeia da Beirã-Marvão, contam-se entre os petiscos e sugestões durante uma visita ao Alto Alentejo – uma região que não nos convence apenas pela paisagem,mas também pelo paladar.

Alentejo (1)

Viaje,mas devagar. Aventure-se Além do Tejo! E descubra-se.

Nota importante

As presentes informações não têm natureza vinculativa, funcionam apenas como indicações, dicas e conselhos, e são susceptíveis de alteração a qualquer momento. O Blogue OLIRAF não poderá ser responsabilizado pelos danos ou prejuízos em pessoas e/ou bens daí advenientes.

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Texto: Rafael Oliveira  | Fotografia: Oliraf Fotografia

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Fotografia•Viagens•Portugal © OLIRAF (2016)

Contact: oliraf89@gmail.com