OLIRAF tem em curso vários projectos de fotografia das mais variadas temáticas, tais como, a fotografia de viagem, paisagem e de património histórico-militar. Irei, assim, apresentar diversas “aventuras” sobre os temas acima mencionadas, tendo como fio condutor as fontes historiográficas (bibliográficas e documentais) e a fotografia documental e de viagem sobre os locais que irei percorrer. Pretendo partilhar uma visão pessoal da outrora essência dos mesmos, tanto ao nível das pessoas, património e paisagens.
Eis alguns dos projecto (s) fotográfico (s) em curso:
1) ” Abandonados” do Ex-Regimento de Artilharia de Costa – RAC.
O objecto de estudo/documental que vos trago aqui são as ruínas do extinto Regimento de Artilharia de Costa (RAC), designadamente, as unidades militares da 7ªBataria de Outão (Arrábida), a 5ªBataria da Raposeira (Trafaria) e a 2ªBataria da Parede (Cascais).
Pedaços de História esquecidos no tempo…que a sociedade entregou à obsolência.
Longe dos grandes centro metropolitanos, descansam hoje vários edifícios que outrora se afirmaram como verdadeiros pontos decisivos para o desenvolvimento do país. Um descanso tantas vezes ingrato e esquecido.
É necessário novos tempos para estes velhos lugares. O objectivo das minahs fotos pretendem devolver a vida e notoriedade a estes edifícios prostrados e velhos entre as mais diversas paisagens do Portugal Profundo.
O Regimento de Artilharia de Costa (RAC) foi criada pelas Forças Armadas Portuguesas, após a 2ªGuerra Mundial, através do Plano luso-britânico – o Plano Barron (1939) -, onde o objectivo era criar uma força especializada em impedir o desembarque de uma força convencional apoiadas por unidades navais, nas imediações dos estuários do Tejo e do Sado. As construções decorreram entre 1944 e 1958, estando operacionais corria o ano 1958. Estiveram ao serviço da Nação, sensivelmente, cinquenta anos. Era constituído por um posto de comando, 8 Batarias com 36 peças de artilharia (Krupp e Vickers) de diversos calibres (150, 152 e 234mm) com alcance considerável para a época.
2) Património de Origem Portuguesa no Mundo.
O inventário do património de origem portuguesa no mundo, através da fotografia documental, é um dos projectos que quero realizar futuramente. Marrocos foi o primeiro em 2015. Como aprendiz de Clio, recordar o património construído pelos portugueses “serve de estímulo” para futuras viagens, tendo como objectivo documentar a arquitectura religiosa e militar em três continentes: África (Marrocos, Cabo Verde, Moçambique, e Angola), Ásia (Goa, Bombaim, Diu, Macau, Ceilão, Macau e Japão) e América do Sul (Brasil e Uruguai). É reconhecer o valor universal dos precursores da globalização: os portugueses.
3) Arquitectura Militar em Portugal (Fortes, Castelos e Fortalezas).
Um Álbum Fotográfico da autoria de OLIRAF,sobre os diversos roteiros para conhecer o património edificado português (Arquitectura Militar), numa abordagem em que se procura a dupla perspetiva da divulgação do seu passado histórico e da sua importância no Portugal dos nossos dias. Olhares Fotográficos sobre o espaço e o tempo, reflexão sobre a memória e o conhecimento, através da fotografia de viagem e documental.
4) Itinerâncias por Portugal Continental e Arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Este Álbum surge na sequência das minhas viagens pela superfície da terra portuguesa. São fotografias, por um lado enquanto objecto documental, que registam um espaço num tempo cronológico definido que é o nosso. Procuro captar a essência e sentidos dos objectos fotografados, o espírito do lugar, tendo como objectivo final, a sua representação e alertar para uma consciência da preservação cultural do nosso património.
A beleza da diversidade da paisagem natural e urbana portuguesa, mas também o modo como as populações locais interagem com o seu meio ambiente, constituem o núcleo fulcral deste Álbum. Procuro uma maior transversalidade temporal (Histórica) e geográfica possíveis.
Num país com tanta diversidade cultural, paisagística e arquitectónica, a aposta no turismo é essencial. Conheça o seu país. Vá para fora cá dentro.
Venho acompanhando os teus trabalhos e quero sempre mais, porquê? Pela qualidade da fotos e das suas histórias, como se diz, uma foto diz mais que mil palavras. Leva-nos a querer conhecer mais do que conhecemos e ainda mais do que desconhecemos, obrigado por podermos viajar através das tuas fotos. Tenho a certeza que tens a dedicação, prazer e amor nas fotos que fazes, apesar do muito trabalho tens pela frente, terás seguramente sucesso, Obrigado Rafael
Caro José Esteves,
Venho,por este meio, agradecer-lhe a simpatia e o incentivo pelas suas palavras. Já dizia Lewis Hine «Se eu pudesse contar uma história com palavras, não precisaria de andar com uma câmera».
Atentamente,
Rafael Oliveira