📌 À descoberta do Cais palafítico da Carrasqueira: um olhar fotográfico das vivências do Alentejo Litoral…

É uma viagem constante (re)descobrir o estuário do Sado e uma parte do Alentejo que se abre ao oceano Atlântico: o Alentejo Litoral. Aqui, o viajante ou o turista poderá avistar uma imensa faixa de costa que, desde a Península de Tróia até ao Cabo de Sines, proporciona exuberantes e convidativas praias com um ininterrupto areal. Trata-se de uma das mais calmas, genuínas e tradicionais regiões de Portugal, onde o património natural e edificado continua bem preservado, e onde encontramos gentes que tornam a experiência de viagem mais enriquecedora.

O Cais Palafítico da Carrasqueira é uma engenhosa e criativa solução da comunidade piscatória da Carrasqueira (Comporta, Alcácer do Sal) para resolver o problema de acesso aos barcos durante a baixa-mar. As estacas de madeira penetram no sapal e estendem-se como os “tentáculos de um polvo” até ao estuário do Sado. Neste porto piscatório, os barcos atracam e no passadiço circulam as redes, os apetrechos, pescado e, mais recentemente, inúmeros turistas e curiosos para captar fotograficamente o espaço e o meio envolvente. Trata-se de um dos ex-líbris turisticos do concelho de Alcácer do Sal.

Quem visita a Comporta, a meu ver, não pode deixar de conhecer o cais palafítico da Aldeia Piscatória da Carrasqueira, único no continente europeu. Para quem navega nas tempestuosas águas da World Wide Web, verifica que é um dos locais mais procurados por fotógrafos amadores e profissionais para testar as suas técnicas e capturar genuínas imagens de paisagem e da comunidade piscatória local. E para quem gosta de fotografia documental, este local é de visita obrigatória para ir com tempo e com calma.

Ao percorrer os passadiços de madeira, os barcos e as casas que abrigam os utensílios usados na faina sucedem-se, tais como, as cores e as formas das últimas. Trata-se de um belo testemunho da arquitectura popular e das vivências das comunidades locais de pescadores e mariscadores que se estabeleceram na segunda metade do século XX, nesta área do estuário do Sado.

Aqui, no extremo norte do Baixo Alentejo, na margens da reserva natural do estuário do Sado, o viajante poderá encontrar uma outra noção de paisagem: a aquática. Além disso, o viajante pode adquirir pescado e bivalves aos pescadores locais. Note-se que uma parte do choco serve às inúmeras ementas e iguarias desta região. Uma experiência inesquecível para qualquer pessoa que visite esta terra muito peculiar.

wp-image-1673209097Durante a minha descoberta deste pitoresco local, algo captou a minha atenção quando vagueava pelos passadiços do Porto Palafitico da Carrasqueira: um casal de pescadores manuseando as redes. De repente, veio à cabeça, a eterna máxima de Robert Capa: “Se uma foto não está boa o suficiente , então é porque você não se aproximou o suficiente”. É caso para dizer: aproximem-se!

 

wp-image-622814112A região de Alcácer do Sal, desde a época muçulmana, foi um grande centro industrial de construção naval. Ao percorrermos a N253, entre a praia da comporta e Alcácer do Sal, verificamos a existência de inúmeras matas de pinho, vitais para a reparação e construção naval de pequenas e grandes embarcações.Hoje em dia, ao fundo, verificamos a presença da unidade industrial de reparação naval a Setenave da Mitrena (ex-Lisnave), bem como de navios aguardando a sua vez no estuário do Sado.

wp-image--140368371No vale do rio Sado, perto de Alcácer do Sal, a rizicultura (arroz) tornou-se muito mais rentável do que a cultura do trigo. O sapal da Carrasqueira é um bom exemplo do aproveitamento dos terrenos para fins agrícolas, tendo um pequeno dique para impedir as inundações. Actualmente, no Alentejo, a cultura do regadio sobrepõe-se , pouco a pouco, à cultura de sequeiro…

 

Após a visita ao Porto Palafítico, volto para a Aldeia da Carrasqueira onde, por mero acaso, deparou-me com uma habitação tradicional destas paragens: uma antiga dos pescadores que assentaram vida na segunda metade do século XX. Os habitantes locais dizem-me que existem mais casas tradicionais para os “lados de Grândola”, designadamente na freguesia do Carvalhal. Ao despedir-me desta castiça aldeia Alentejana, vêm-me à cabeça o seguinte pensamento: “Quando o engenho do Homem caminha em comunhão com a Natureza, a obra nasce. Aqui, o Homem adaptou-se ao meio.”

 

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O que pode fazer:

1. Se gosta de fotografar o pôr-do-sol, as  águas calmas do Sado atingem o seu nível mais elevado proporcionando imagens singulares do espelho de água envolvente;

2. Se gosta de turismo de natureza e observação de aves, o Estuário do Sado apresenta um circuito de caminhada e uma das maiores concentrações de aves limícolas do país;

3. Compre pescado e bivalves aos pescadores e mariscadores locais;

4. Saborear num restaurante local da Aldeia da Carrasqueira, um belo choco frito.

Como chegar:

De Alcácer do Sal, poderá aceder à área sul da reserva do Estuário do Sado, devendo utilizar a N253 na direção da praia da Comporta, e junto ao km 4 desta estrada, voltar à direita na direção da aldeia da Carrasqueira. De seguida, terá de atravessar uma estrada de terra batida, que conduz ao Porto Palafitico da Carrasqueira.

Para mais informações:

Câmara Municipal de Alcácer do Sal (Turismo)

Herdade da Comporta

Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)

Visit Alentejo (Litoral Alentejano)

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🌏“Be a Time Traveller in Granada Heritage”: one of the 80 finalists of “Navigator Around the World in 80 pages” Global Writing Contest

O autor do blogue OLIRAF – Rafael Oliveira – foi uma das 80 Histórias seleccionadas, pela primeira vez, para integrar e dar cor ao livro “Around the World in 80 pages”, um passatempo do Grupo Navigator. Já, neste corrente ano, o blogue foi nomeado, pelo segundo ano consecutivo (2016 e 2017), para a 4ªEdição dos BTL BLOGGER TRAVEL AWARDS (BTL), considerados os “Óscares” dos Blogues de Viagens em Portugal, na categoria de “Fotografia de Viagem”. Depois de ter sido nomeado nos últimos dois anos (2016 e 2017), o autor do blogue OLIRAF volta a ser contemplado com uma nomeação na segunda edição do Navigator Around the World in 80 Pages, concurso que recebeu mais de 1350 histórias submetidas online. Este passatempo de viagens tem como objectivo premiar as melhores histórias em Inglês e as fotografias dos viajantes nacionais e estrangeiros que concorrem. Após uma profunda reflexão das melhores estórias da História e fotografias do portefólio  de viagens referentes ao ano de 2016, optei por concorrer com três fotografias que davam cor ao texto da minha viagem a Granada (Andaluzia,Espanha): Be a Time Traveller in Granada Heritage”.  Esta escolha, a meu ver, reflectiu a minha paixão pela literatura e fotografia de viagens, bem como a curiosidade pelo legado da civilização islâmica na Península Ibérica: o Al-Andalus.

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Dear Rafael,

Your text was selected from over 1300 stories, for its inspiring tone and originality, and will be published in a travel book, that you will later receive.
Navigator would like once more to thank you for sharing your stories with us, and for taking the time to participate.

As you might be already aware, your story “Be a Time Traveller in Granada Heritage…” was one of the 80 finalists who will be privileged to have their story published in a book called “Navigator Around the World in 80 pages”.

Besides offering you the book, Navigator will also send you a small present as a way of thanking you for your participation and for your amazing story.

One of 80 finalists of the Navigator Around the World in 80 Pages 2016 – Global Writing Contest.

Congratulations!

Quem é a Navigator?

A The Navigator Company é, desde fevereiro de 2016, a nova marca herdeira do património do ex-grupo Portucel Soporcel. Trata-se de uma conceituada marca de papel de escritório, líder no segmento premium.

O que é o  “Navigator Around the World in 80 pages” Global Writing Contest?

Os “Navigator Around the World in 80 Pages” foram criados em 2015 para reconhecer e premiar a criatividade dos apaixonados por viagens, tendo como objectivo final, desafiar a contar as suas experiências e partilhar as suas melhores fotografias. São inspirados, tal como o sugestivo nome do concurso indica, no romance clássico de Aventuras de Júlio Verne. Assim, a Navigator pretende motivar  mais participações e alargar a diversidade de nacionalidades envolvidas no passatempo, ao mesmo tempo que reforça o papel como o melhor veículo para exprimir emoções e experiências, definindo “Volta ao Mundo em 80 Páginas” como uma referência mundial entre os concursos de escrita”.

Quais os prémios?

O júri desta competição mundial de escrita é composto por escritores/bloggers de viagens (entre eles o viajante Gonçalo Cadilhe) e representantes do grupo Navigator. Os vencedores são eleitos pelos júris do concurso – Kristin Addis, Dylan Lowe, António Quirino Soares, Gonçalo Cadilhe, Ricardo Ferreira e António Redondo – entre os 80 finalistas, cujas histórias e fotografias serão publicadas num livro, juntamente com uma ilustração exclusiva. No total, o passatempo tem 10 000 € em vouchers de viagem para contemplar as melhores histórias. Assim, o grande vencedor receberá um voucher de viagem no valor de 2 500 €,o segundo receberá um voucher de viagem no valor de 1 500 € e os restantes seis (3º ao 8º premiado),um voucher no valor de 1 000 €. Há ainda uma prémio para a melhor fotografia: uma máquina fotográfica Nikon D5500 (DSRL). Já as 80 histórias dos autores finalistas seleccionados irão ver as suas aventuras e fotografias publicadas num livro, juntamente com uma  ilustração exclusiva de um Urban Sketchers.

Como concorrer? 

A segunda edição do Navigator Around the World in 80 Pages recebeu mais de 1350 histórias submetidas online, provenientes de mais de 65 países de todo o Mundo. Já a 3ª edição dos “Navigator Around the World in 80 pages” decorre até 31 de Dezembro de 2017 e estão abertas ao público em geral, seja ele de nacionalidade portuguesa ou estrangeira. Podem concorrer as pessoas com mais de 18 anos, sejam eles cidadãos portugueses ou estrangeiros. Para tal, os concorrentes terão de escrever uma pequena experiência pessoal em viagem – uma história em Portugal ou no Estrangeiro – até ao máximo de 2500 caracteres,  acompanhada das três melhores fotografias que dão corpo e cor à sua aventura! De seguida, deverão submeter em www.navigatoraroundtheworld.com. O prazo para as submissões termina a 31 de Dezembro de 2017.

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Be a Time Traveller in Granada Heritage…

“(…) Granada is a peculiar city of Spain. It is one of the most visited destinations for travellers in this country, although the preferred cities to visit are Barcelona or Madrid. With almost the total land surface area and population of Portugal, Andalusia is one of Spain’s largest and most touristic regions. For me, it is one of the most beautiful of this country. But that is just my opinion. To wander through its avenues, streets and alleys is to let ourselves be captivated by its magic step-by-step. And feel the essence of the material and immaterial splendour of Al-Andalus.  As we walk through the streets of Granada, with only a map of the Historic Centre and with the sense of orientation grasped since our days in the scouts, the city soon conquers us, increasing our resolve to explore further. After crossing the long Gran Via de Colón, we reach the Porta de Elvira. From here, I begin to climb step by step the Albaicín Quarter to one of the belvederes most frequented by travellers on a visit to Granada: the Mirador de San Nicolás. I am looking for a free space to sit on the wall that faces the Alhambra, so that I can tranquilly contemplate this magnificent example of Islamic architecture in Spain and, in my view, on an international level. For me, this is one of the must visit landmarks in this city. This ancient fortified complex of palaces of the Nazrid Dynasty leaves nobody unmoved. There’s something magical about those stones. Nobody is can remain indifferent faced with this spectacle, be it night or day, despite all the books, reports, photographs and videos that we have seen. However, most travellers who visit only see part of the city of Granada.  After contemplating the contours of the Alhambra on the horizon, my heart began to accelerate with so much emotion, given the magnificence of this unique Islamic fortification. No one, whether a traveller, tourist or even a poet, is immune to the fascination of this ancient Islamic fortification. Now I see Boabdil’s sadness. If there are places that seem to have been conjured from a dream, there is no doubt that Granada is one of them. There is an Andalusia that everyone knows and another one that only lets itself be unveiled by those who enter this region, willing to let themselves be challenged by its singular beauty. Granada enchants and amazes any visiting traveler who contemplates it for the first time. Granada is the Alhambra, the neighbourhood of Albaicín and the Generalife. This Andalusian city conveys good vibes to any stranger or hiker. A Carmen on Earth.”

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Resta-me agradecer à Navigator, e ao júri, a escolha da minha estória para figurar no livro do concurso “Around the World in 80 Pages”. É com agrado que vejo surgir mais concursos por parte de empresas do sector do Turismo, e não só deste sector, que  promovem a curiosidade e a paixão pela escrita e fotografia de viagens. A meu ver, é sempre uma excelente iniciativa. Espero que o meu exemplo que sirva de inspiração para continuar a escrever e a partilhar as vossas experiências e relatos pessoais de viagem à volta do mundo!

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📷 “Alentejo – Olhares Fotográficos”: o Álbum Fotográfico da Saal Digital Portugal…

Entre Março e Setembro de 2017, tive oportunidade de viver, trabalhar e viajar pelo Alentejo. Visitei inúmeras cidades, vilas e aldeias desta região bem portuguesa, com a minha pequena máquina fotográfica Fujifilm X-T10. Contactei com o imenso património natural, edificado e, acima de tudo, com as gentes, igualmente com os seus problemas.
À série de fotografias que resultou da minha experiência, todas a cores, optei por criar um Álbum Fotográfico Alentejo – Olhares Fotográficos“.
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Trata-se de uma retrospectiva pessoal, como fotógrafo amador, composto por uma selecção de 30 fotografias da minha conta do Instagram, referente as minhas itinerâncias na região do Alentejo, no sul de Portugal. Cada fotografia deste álbum fotográfico procura captar a memória do passado, a contemplação da paisagem natural e das gentes que dão vida a esta região bem portuguesa. Aliás, o meu primeiro “devaneio fotográfico” ocorreu durante uma visita ao castelo de Montemor-o-Novo, “corria o ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2006″. A partir desse momento, nunca perdi a ligação afectiva à região do Alentejo. E, claro, à arte fotográfica.
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Porquê a escolha do Alentejo?
Trata-se de uma das mais calmas, genuínas e tradicionais regiões de Portugal, onde o património natural e edificado continua bem preservado, e onde encontramos gentes que tornam a experiência de viagem mais enriquecedora. Eis alguns pontos fortes desta região portuguesa:
  •  Paisagem natural (Serra de São Mamede, Alqueva e Serra de Ossa);
  •  Gastronomia tradicional;
  •  Património Mundial UNESCO (Évora e Elvas);
  •  Praias (Comporta, Zambujeira do Mar e Vila Nova de Mil Fontes);
  •  Turismo Industrial (Rota do Mármore);
  •  Enoturismo (Ervideira, Cartuxa e João Portugal Ramos);
  •  Gente afável, próximo,  simpático e sempre a ajudar os “forasteiros”.

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O que é Saal Digital?

Tomei conhecimento desta empresa, e do respectivo produto, através da rede social Instagram. Notei que a Saal Digital está a fazer um forte investimento e captação de público e clientes para testar os seus serviços e produtos digitais relacionados com a impressão de material fotográfico. Foi a primeira vez que pedi a impressão de um álbum digital. E não fiquei arrependido. De uma forma geral, a qualidade do produto, do serviço e software de edição deixou-me com uma boa  impressão.

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"A Saal Digital Portugal permite tornar a tua paixão em algo palpável e para a posterioridade"
Os Álbuns digitais e produtos fotográficos são personalizados com uma qualidade profissional. Eu fiquei impressionado com a qualidade de impressão das minhas fotografias, mesmo não tendo a melhor qualidade gráfica. Já imaginou não ter o logo do fabricante. Fantástico. Optei por Álbum digital 15 x 21 – e pela encadernação panorâmica, visto que permite ao utilizador inserir fotografias em páginas duplas sem perder qualquer detalhe gráfico. A meu ver, a abertura 180º é ideal para colocar imagens de grande tamanho, neste caso, panoramas. A qualidade é suberba! Tanto das imagens como do material. É uma sensação maravilhosa folhear as minhas aventuras fotográficas  Para além disso, eles oferecem um software próprio para instalar no computador para fazer o projecto fotográfico. Em relação ao prazo de entrega, a meu ver, foi rápido e a embalagem vinha devidamente acondicionada.
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Se és amante da fotografia…

Se ficou curioso, visite a página oficial e o Instagram da Saal Digital Portugal ou caso tenha alguma questão relativamente à Saal Digital, pode entrar em contacto com o serviço de apoio ao cliente: suporte@saal-digital.pt 
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Um pouco de História…sobre a origem dos Álbuns Fotográficos!
Luís Pavão, um dos maiores conservador de colecções fotográficas em Portugal, afirma que os Álbuns Fotográficos constituem um “universo muito particular (…), onde as fotografias complementam-se mutuamente estabelecendo inter-relações que as enriquecem, não só individualmente como no conjunto. A existência de eventuais legendas, notas acrescentadas à mão, recortes de jornais e outro tipo de anotações ajudam a compreender o todo.Um álbum é no fundo um livro destinado a mostrar fotografias. No início os álbuns eram realizadas pelo próprio fotógrafo ou comprados como um livro em branco a um encadernador. As provas fotográficas eram presas às páginas pelos cantos ou coladas na sua totalidade (Suporte Secundário). Com o passar do tempo os álbuns foram-se tornando mais simples até ao aparecimento dos álbuns digitais em que houve uma fusão entre a escolha de um layout, o design e as imagens fotográficas.
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Para a investigadora Paula Figueiredo Cunca (Arquivo Municipal de Lisboa – Fotográfico), o “álbum de fotografias surge na década de 1860, no enquadramento da cultura vitoriana. A atribuição álbum vitoriano foi dada àquele que se conhece como o primeiro livro/álbum a guardar as fotografias de família.” Acima de tudo, são formas de vida que retratam episódios felizes das estórias da História Familiar. Uma espécie de percurso de vida ilustrado em pequenos instantes. Haverá outra forma de recordar os nossos antepassados? E tudo começou com os franceses Niépce e Daguerre, os pais da fotografia…
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O acto de fotografar é…arquivar!
Os álbuns fotográficos, desde a segunda metade do século XIX,  “(…) encerram igualmente uma seleção fotográfica. Esta é feita tendo em conta o significado da imagem, mas também a relação entre as várias imagens de uma página“, afirma Paula Figueiredo Cunca Desta forma, a fotografia ganha mais valor: acresce ao seu valor intrínseco, o significado relacional e com o espaço representado. A fotografia de um familiar em frente ao Coliseu de Roma é incomensuravelmente registada, dando prova da sua presença e da experiência de viagem. Folhear as páginas e revelar as imagens encerradas num álbum pode ser o impulso para histórias, que alguém já contou, mas que ganham outras formas  e outros olhares quando passam para outras mãos.

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Fotografia✈︎Viagens✈︎Portugal © OLIRAF (2017)

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📌 À descoberta de Olivença: um ponto de (re)encontro da cultura portuguesa e espanhola…

 Olivença é uma agradável e pitoresca cidade fronteiriça da raia luso-espanhola. Para quem percorre o seu “casco histórico”, como referem os “nuestros hermanos” aos seus centros históricos, o viajante não fica indiferente à escala do seu património edificado de origem portuguesa. Com quase doze mil habitantes (2016), esta vila da Extremadura Espanhola, nas proximidades de Badajoz, é um ponto de (re) encontro entre as culturas portuguesa e espanhola. Afinal de contas, Olivença personifica duas faces da mesma moeda. Para muitos, “Olivença é filha de Espanha, neta de Portugal”.

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Por facilidade geográfica, vou ao Reino de Espanha uma ou duas vezes por ano, fazer uma “visita de estudo”, encher o depósito do carro, comprar caramelos, realizar uma blogger trip, etc. A “minha” Espanha é sobretudo a Andaluzia, com raras incursões pela Galiza, Extremadura e raríssimos desvios por Castela. Ir a Espanha,tornou-se um hábito como ir passear ao Porto. Nunca fez parte dos meus planos visitar Olivença. Após realizar a Rota do Mármore (Vila Viçosa), no âmbito das Jornadas Europeias do Património, decidi fazer uma incursão a Espanha. Antes de entrar no território de “nuestros hermanos”, vindo de Elvas, opto por fazer uma paragem num peculiar marco de fronteira: a histórica Ponte da Ajuda.

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Este exemplar da arquitectura manuelina – militar e civil – era o único meio de comunicação, no rio Guadiana, entre Elvas e Olivença. Dai, a sua destruição no contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1701-1714). Há projectos para a sua reconstrução, mas em virtude das querelas fronteiriças entre Portugueses e Espanhóis, tal não foi possível ainda. Assim, entre 1709 a 2001, quem quisesse visitar Olivenza, teria de passar a fronteira do Caia em Badajoz. Actualmente, o viajante pode transpor, sem qualquer dificuldade, o território português, graças à nova ponte da Ajuda, em betão armado e sem qualidade estética da anterior, construída e financiada integralmente pelo Governo de Portugal.

Porquê a escolha da (des)conhecida vila de Olivenza? 

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São muitos, e todos eles merecedores de atenção, os “Castillos” existentes ao longo da fronteira luso-espanhola, bem como em todo o Reino de Espanha. Há centenas deles. Isto se acrescentarmos também as fortalezas que entretanto se fundiram no seio da arquitectura militar medieval, nomeadamente Ciudad Rodrigo, Badajoz, entre outras. A vila de Olivença está próxima das cidades de Badajoz e de Elvas, bem no centro da antiga província romana da Lusitânia, na actual comunidade autónoma espanhola da Extremadura. Não vem nos roteiros  turísticos ou guias de viagem tradicionais, como a cidade de Badajoz, mas não precisava de tal distinção para merecer uma visita. É aqui que encontramos um dos maiores e preservados “Castillos” da região fronteiriça luso-espanhola. Todavia, a riqueza não é apenas histórica e arquitectónica, mas também paisagística. Dentro do seu acolhedor centro histórico, começamos logo por descobrir histórias, pedras e símbolos familiares, de origem portuguesa.

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Sem recurso a mapas,  uma vez que o posto do Turismo estava fechado (a famosa siesta de nuestros hermanos), aproveitei para “mergulhar” em pleno coração da vila e nas artérias do “Casco Histórico”, onde, no meio do mesmo, ergue-se a silhueta do imponente Castillo de Olivenza. Ao percorrermos as ruas encontramos vários edifícios com arquitectura manuelina e placas toponímicas, em azulejo, com os nomes em português e castelhano, inúmeras chaminés alentejanas misturadas com portas e janelas cobertas de grades de ferro forjado espanhol. Constatamos, através destes exemplos, que Olivenza é fusão de cultura luso-espanhola, fruto de uma longa história secular de ocupação portuguesa e espanhola.  De facto, este é um  lugar para (re) encontrar-se.

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A vida quotidiana, nestas pitorescas vilas, apesar de ficar tão perto da nossa fronteira é completamente diferente do que se vive em Portugal. Durante o percurso pedonal no centro histórico e nos arrabaldes da vila,  apercebo-me da importância histórico-militar desta localidade fronteiriça. De facto, o Castillo de Olivenza revela a razão da sua existência: praça fortificada para as constantes guerras, querelas politicas e escaramuças travadas ao longo da História entre o Reino de Portugal e de Castela e Leão (posteriormente Reino de Espanha).

Um pouco de História…

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O Castelo Medieval de Olivença, vulgo “Ciudadella”, é um excelente testemunho da herança do património edificado pelos portugueses. A meu ver, o que mais impressiona é a monumentalidade e a escala da sua “Ciudadela”. Mandado construir, em 1306, pelo rei D.Dinis (1279-1325), no seguimento da afirmação fronteiriça face ao reino de Castela com a assinatura do Tratado de Alcanises (1297), que, em 1298, outorgou foral à povoação portuguesa. Mais tarde, em 1335, no reinado de D.Afonso IV (1325-1357), as obras foram retomadas com a exporpiração de casas em redor da povoação, tendo em vista a sua edificação do conjunto fortificado constituído por um traçado rectangular e dotado de uma imponente torre de menagem de planta quadrada, seguindo o modelo dos antigos acampamentos romanos (quadrilátero). No fim de cada eixo, abriam-se as portas de São Sebastião (Norte), dos Anjos (Sul), da Graça (Poente) e de Alconchel (Leste). As portas de Sul e Lestes possuem torres semi-circulares, conservando, ainda hoje, os apoios de matacão e os buracos para a tranca para fechar a porta. Ao todo, o castelo era constituído por 14 torres com 3 metros de largura e 12 de altura. É obra!

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Gravura do Castelo e vila de Olivença, Livro das Fortalezas, Duarte d`Armas, c.1509, ANTT

Através da gravura de Duarte d`Armas, um escudeiro da Casa Real que ao serviço de D. Manuel I (1495-1521) registou as inúmeras fortalezas da fronteira luso-espanhola, entre Castro Marim e Caminha, munido de papel e pena (podemos afirmar, sem cometer anacronismos, que era uma espécie de “urban sketcher” do século XVI). O Castelo de Olivença não foi excepção. Através da gravura de podemos comprovar a existência da muralha medieval que envolve a vila e no centro, em grande plano, o castelo e a torre de menagem. Note-se, ao fundo, a cidade de Badajoz e as diversas atalaias que completavam o sistema defensivo de Olivença. No canto da muralha, à esquerda, encobertas pelo terreno, o leitor poderá ver as figuras de Duarte d` Armas e do seu ajudante, respectivamente a cavalo e a pé.

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Todavia, o que realmente impressiona ao viajante é a Torre e Menagem de Olivença mandada construir por Dom João II (1481-1495), em 1488, para afirmar a  autoridade do “Príncipe Perfeito” face aos Reis Católicos de Castela, Isabel de Castela e Fernando de Aragão. Com uma carga simbólica, esta é a torre medieval mais alta da fronteira, com cerca de 40 metros, sendo acessível por 17 rampas até ao topo. Segundo o arquiteto João de Sousa Campos (2013, pp.66), o “acesso ao adarve da torre em Olivença é feito, à maneira da Giralda de Sevilha, com rampas que eram também praticáveis por muares. Para além da mesquita/catedral andaluza, conhecemos esta solução árabe em alguns outros minaretes, como é o caso do de Safi, em Marrocos.” Daqui, contemplamos a  paisagem em redor e a monumentalidade da vila de Olivença, o que demonstra a sua importância histórica, política e militar para o antigo Reino de Portugal, face a Castela. Afinal, foram mais de cinco séculos como território de Portugal. Através deste exemplo, podemos comprovar que as fortalezas medievais eram formas de ostentação social, económica,militar e de autoridade dos seus senhores.

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Durante a Guerra da Restauração (1640-1668) ,a vila de Olivença foi palco de diversas escaramuças e cercos durante os 28 anos em que durou esta guerra de independência. As muralhas medievais foram reforçadas por revelins e baluartes adaptados às novas exigências e estratégias de combate, obras desenhadas pelo padre jesuíta Cosmander. Em caso de assédio ao território nacional, Olivença estava na primeira linha das operações contra os Castelhanos, mas estava num plano secundário face à importância das fortificações abaluartadas de Juromenha e Elvas. Em 1657, as tropas castelhanas comandadas pelo Duque de San Germán conquistaram a vila ao Reino de Portugal. Mais tarde, em 1668, Olivença foi devolvida a Portugal com a assinatura das Pazes de Lisboa (1668).

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Durante a Guerra de Sucessão Espanhola, em 1709, Olivença foi novamente palco de escaramuças, um facto comprovado pela destruição da Ponte da Ajuda pelas tropas de Felipe V de Bourbon. Em Maio de 1801, o exército espanhol conquista “pacificamente” a vila fronteiriça de Olivença. Conhecida como a “Guerra das Laranjas”, como afirmou o historiador e comunicador José Hermano Saraiva, um simples ramo de uma laranjeira foi única vitima desta Guerra, visto que o “primeiro-ministro” Manuel de Godoy ofereceu à rainha Maria Sofia. Perdia-se, para sempre, a Vila de Olivença. Todas as outras vilas conquistadas foram devolvidas ao Reino de Portugal. E foi, assim, que começou a “eterna” Questão de Olivença. Sabia que Manuel de Godoy (1767-1851), o príncipe da paz, era Conde de Évora-Monte em Portugal? Uma das muitas curiosidades da nossa História que tive oportunidade de comprovar ao visitar o património edificado na vila fronteiriça de Olivença.

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A Igreja de Santa Maria Madalena é um dos testemunhos vivos de um dos períodos mais fascinantes e ricos da História de Portugal: os descobrimentos. Segundo o Turismo de Olivença, a Igreja de Santa Maria Madalena é considerada o ex-libris da vila de Olivenza. E, pelo exterior, apercebemos-nos desta atribuição. Trata-se de uma das mais belas obras arquitectónicas e estéticas da arte manuelina, tipicamente portuguesa, logo a seguir ao Mosteiro dos Jerónimos. Datada da primeira metade do séc. XVI, foi mandada construir para servir de residência e local de culto aos Bispos da praça norte-africana de Ceuta. Em 2012, foi eleita “O Melhor Recanto de Espanha 2012” num passatempo promovido pela petrolífera espanhola Repsol.

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No exterior, destacam-se falsas ameias, pináculos, gárgulas e a porta principal, com uma portada atribuída a Nicolau de Chanterene, artista francês que em Portugal, além de outras obras, notabilizou-se ao serviço dos monarcas lusitanos, por exemplo, na criação da sublime porta do Mosteiro dos Jerónimos. O interior, rico em azulejos e motivos decorativos marítimos, divide-se por três naves com oito colunas que parecem evocar as amarras de uma embarcação e remeter para a época dos Descobrimentos Portugueses. Infelizmente, não pude visitar o interior, uma vez que estava fechada. Ainda hoje, este edifício religioso secular é visitado por centenas de curiosos que deslocam-se propositadamente a esta vila da extremadura espanhola para contemplar o seu interior.

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Deambulando pelas ruas, o viajante depara-se com um portal invulgar. Trata-se do singular portal em estilo manuelino do Palácio dos Duques do Cadaval, localizado no actual edifício do Ayuntamento. Ainda hoje, este portal é o símbolo identificativo desta vila extremenha. Num olhar mais atento, o viajante pode identificar a Esfera Armilar e Cruz de Cristo, ambas símbolos das aventuras ultramarinas dos Portugueses durante os séc. XV e XVI. Ainda nas proximidades, a Praça de Espanha é um locais onde podemos encontrar e usufruir de um belo espaço de lazer e convívio, onde existe calçada típica portuguesa a dar forma e cor. Quem disse que só existe calçada portuguesa no Rio de Janeiro?

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Confesso que já tinha saudades de realizar uma incursão pela raia luso-espanhola. Infelizmente, gostava de ter tido mais tempo e mais calma. E, claro, meditar sobre o que vi e vivi. Acima de tudo, o acto de viajar, como sempre, é olhar e (re)encontrar-se com a História. Ao sair deste marco fronteiriço, vem-me à cabeça a seguinte questão: Olivença é de Portugal ou de Espanha? Olivença sempre foi alvo de muita incompreensão e discussões,  opiniões e vontades, mas também sempre nela, se detiveram olhares, gostos e admiração. Amiúde a questão de quem pertence, o viajante ao percorrer as suas artérias constata que os monumentos são portugueses. Mas, as gentes são espanholas. E agora? Dizem que o tempo resolve tudo. Embora às vezes não se resolva de acordo com os nossos interesses. Olivenza mantém a essência de Olivença. Estórias da História que o tempo apagou…ou teima em não apagar. Urge, nos dias de hoje, encontrar as semelhanças e não as diferenças, procurando um diálogo de culturas e de convivência.  Olivenza mantém a identidade de cinco séculos de História ligados ao Reino de Portugal. Acima de tudo, esta vila é sentimentalmente portuguesa. Sempre.

O que pode fazer:

1. Se gosta de fotografia de paisagem, o melhor será subir ao topo da Torre de Menagem e contemplar o meio envolvente. Daqui poderá avistar Elvas, Juromenha e Alconchel;

2. Comprar caramelos nas inúmeras lojas locais;

3. A caminho de Olivença poderá visitar as ruínas da ponte manuelina da Ajuda;

4. Visitar o Castelo de Alconchel, a poucos quilómetros de Olivença;

5. Sugerimos uma visita ao Museu Papercraft, junto à Ciudadela, o único museu de papel de Espanha e da Europa.

✈︎ Como ir:

Desde Portugal chega-se a Olivenza, através de Elvas (A6) até à fronteira da Ponte da Ajuda, já em Espanha, opta pela EX-105. Se quiser ir a Badajoz, poderá optar pela EX-107e de seguida ir a Olivenza. De uma forma geral, de Elvas a Olivenza são, sensivelmente, 25 minutos para percorrer uma média de 30 quilómetros em estradas regionais luso-espanholas. Durante esta viagem, optamos por realizar uma paragem técnica na Ponte da Ajuda para fotografar o belo exemplar edificado e a natureza envolvente.

🌏 Para mais informações:

Página Oficial do Turismo de Espanha (Spain.info)

Página Oficial do Turismo Extremadura

Página Oficial do Ayuntamiento de Olivenza

MARTINS, Miguel Gomes (2016). Guerreiros de Pedra: castelos, muralhas e guerra de cerco em Portugal na Idade Média. Lisboa: Esfera dos Livros.

Nota importante [👤]

As presentes informações não têm natureza vinculativa, funcionam apenas como indicações, dicas e conselhos, e são susceptíveis de alteração a qualquer momento. O Blogue OLIRAF não poderá ser responsabilizado pelos danos ou prejuízos em pessoas e/ou bens daí advenientes. Se quiser partilhar ou divulgar as minhas fotografias, poderá fazê-lo desde que mencione os direitos morais e de autor das mesmas.linhagraficaALL-oliraf-03💻  Texto: Rafael Oliveira 🌎 Fotografia: Oliraf Fotografia 📷

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📌 À descoberta do Regimento de Artilharia de Costa: a 6ªBataria da Raposa…

💣No passado fim-de-semana de 27 e 28 de Maio, a Associação de Amigos da Artilharia de Costa, um grupo de amigos e ex-militares criado em 2015, celebrou mais um aniversário desta feita o 6.º Encontro dos Amigos da Artilharia de Costa. Para assinalar esta efeméride, realizou-se diversas actividades de dois dias, que contou com a presença dos associados, familiares e amigos do RAC. O local escolhido não podia ter sido mais apropriado, nas instalações da 6.ª Bataria da Raposa do Regimento de Artilharia de Costa, na Fonte da Telha, que se encontram desativadas, mas contrário da maioria das fortificações do RAC, esta Bataria encontra-se num bom estado de conservação. Na imagem inicial, temos um antigo artilheiro Fernando Limão do RAC, junto de uma das três peças “Vickers” C. 23.4 cm da “Raposa”.


Breve história do Regimento de Artilharia de Costa: Homens de Aço!

O Regimento de Artilharia de Costa (RAC) foi criado pelas Forças Armadas Portuguesas,  após a 2ªGuerra Mundial, através do Plano luso-britânico – o Plano Barron (1939) –, onde o objectivo era criar uma força de defesa marítima especializada em impedir o desembarque de uma força convencional apoiadas por unidades de artilharia navais fixas, nas imediações dos estuários do Tejo e do Sado. Foi um pedido expresso, e secreto, do Presidente do Conselho de Ministro, e futuro Ministro da Guerra, Dr. António de Oliveira Salazar, às patentes militares do Exército Português, no âmbito da política de neutralidade (e da Aliança Anglo-Portuguesa) durante a II Guerra Mundial (1939-1945). Inúmeras delegações foram a Inglaterra para elaborar estudos e relatórios, com a preciosa ajuda de técnicos militares ingleses. À época, os Ingleses detinham a melhor defesa costeira do Mundo..Reaproveitando a arquitectura militar acasamata do Campo Entricheirado de Lisboa (CEL), as construções decorreram entre 1944 e 1958, estando operacionais corria o ano 1958. Era constituído por um posto de comando, 8 Batarias com 36 peças de artilharia de origem alemã (Krupp) e inglesa (Vickers) de diversos calibres (150, 152 e 234 mm) com alcance considerável para a realidade bélica portuguesa à época.  O sistema defensivo que se concebeu a partir do relatório Barron – o plano de Defesa Marítima de Lisboa – Missão Plano Besteve ativo até ao final dos anos 90. As suas estruturas acasamatadas e bunkers estendiam-se desde Alcabideche (Cascais) até à praia de Albarquel (Setúbal). Estes lugares invisíveis à maioria dos portugueses, foram abandonados e desartilhados corria o ano de 1998. A Bataria da Raposa trata-se de uma excepção ao destino da grande maioria das antigas Batarias do extinto Regimento de Artilharia de Costa (RAC).

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O primeiro dia foi dedicado à recepção de todos os participantes, na Bataria da Raposa, com tudo previamente preparado pela Associação. Após o recenseamento dos presentes, convívio e fotografia da “praxe”, seguiu-se um périplo pelas antigas unidades militares que davam corpo ao antigo regimento de artilharia de costa do exército português, nomeadamente, a 1ª Bataria de Alcabideche, 2ª Bataria da Parede e ao antigo comando em Oeiras para uma cerimónia de homenagem aos camaradas ausentes e falecidos.

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Felizmente, tive oportunidade de participar nas actividades agendadas para o segundo e último dia. A meu ver, este era o programa mais interessante, visto que, já conhecia as batarias que constavam no roteiro de visitas do primeiro dia. Assim, após o pequeno-almoço, todos os associados foram visitar o Forte de Almada, as baterias da Trafaria e Alpena. Todavia, o quartel da Trafaria estava fechado. Mais do que um convívio de antigos camaradas de armas, os encontros dos Amigos do RAC possibilitam um maior conhecimento do património histórico-militar com os militares que lhe davam vida e alma. Pretende, assim, a Associação dar uma maior visibilidade pública e alertar para a consciência da preservação do património militar construído.

Algumas curiosidades sobre a 6ª Bataria da Raposa…

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Localizada na Fonte da Telha, a 6ªBataria da Raposa foi desactivada em 1999. Na orgânica do extinto RAC, a Bataria da Raposa fazia parte do Grupo de Contra bombardeamento Sul (RGTO – Sul). O seu objetivo era bater a toda a costa atlântica da margem Sul do Tejo, desde a Trafaria até ao Cabo Espichel.  Depois disso, a grande maioria dos quartéis onde funcionavam as instalações militares desta antiga unidade do exército português ficaram entregues ao tempo e a si próprios. Há uma excepção à regra: a 6ªBataria. Pela mão da Associação dos Amigos da Artilharia de Costa (ARTCOSTA), o ajudante Castanheira e dois praças do Exército Português mantêm viva a memória destes “canhões da memória” e em bom estado de preservação e conservação os Bunkers, postos de observação de tiro e estruturas de apoio ao bom funcionamento desta unidade militar, bem como das três peças pesadas de artilharia naval, de origem inglesa, montadas em torres couraçadas.

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Inserida na Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica (PPAFCC), estende-se ao longo da orla costeira, desde o aglomerado urbano da Costa da Caparica até à lagoa de Albufeira, em território geográfico pertencente aos concelhos de Almada e Sesimbra. Um dos objectivos desta unidade militar, e pela qual foi concebida, era assegurar a defesa costeira dos acessos ao porto de Lisboa, visto que o alcance de tiro situava-se entre os 20 e 40 km. Estas instalações oferecem uma excelente vista panorâmica sobre o oceano Atlântico e toda a área costeira da Caparica.

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A “Raposa” encontra-se num excelente estado de conservação, algo que contrasta com o actual abandono, mau estado de conservação e vandalismo da maioria das unidades do antigo RAC.  Foi possível comprovar, com a ajuda do ex-militar Fernando Limão do RAC,  durante a visita a uma das três peças “Vickers” C. 23.4 cm, de origem inglesa, o bom estado das torres blindadas, das casamatas, dos motores de alimentação eléctrica e dos paióis subterrâneos de munições.

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Sempre que posso ajudo na colaboração na divulgação do encontro dos Amigos da Artilharia de Costa e dos objetivos que lhe estão associados. Acima de tudo, gosto de divulgar projectos que têm conteúdo e, acima de tudo, futuro. Há anos que queria vir aqui. Nas minhas incursões pelo RAC, esta foi a cereja no topo do bolo. Nas fotos e nos blogues temáticos, ou seja, o “Mundo Virtual”, nada supera a realidade palpável. A “Raposa” superou as minhas expectativas. Trata-se um belo exemplo de “Lugares Invisíveis”  pelo património que está fora do alcance, do que existe para lá do que é visível, isto é, espaços que estão inacessíveis. Obrigada à Associação de Amigos da Artilharia de Costa pelo convite para partilhar a memória e as muitas estórias da História desta antiga unidade militar do Exército Português.

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🚏Como chegar:

Para ver as instalações bélicas desta antiga unidade da Artilharia de Costa, o leitor terá de pedir autorização ao Exército Português ou falar directamente com a Associação dos Amigos da Artilharia de Costa Portuguesa  para saber mais informações:

  art.costa.2015@gmail.com

🔗Para mais informações:

Visita Guiada

Artilharia de Defesa da Costa de Lisboa, Plano Barron |ep. 512 Abr. 2021 | temporada 11

Arquivo Histórico-Militar do Exército – Defesa costeira (Plano Barron)

Bateria do Outão e Forte Velho do Outão – SIPA: Sistema Informação para o Património Arquitectónico. [Em linha]. [Consultado em 30 Dez. 2014]. Disponível na  internet URL: <http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=25039 >

Forte-Presídio Naval da Trafaria – SIPA: Sistema Informação para o Património Arquitectónico. [Em linha]. [Consultado em 30 Dez. 2016]. Disponível na  internet URL: <http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=32962 >

COSTA, António José Pereira da – A cidadela de Cascais e a Defesa da Costa Marítima do Guincho ao Estoril. In: “Boletim do AHM”, Lisboa, vol. 63 (1998 – 1999), pgs. 37 – 98.

EMERECIANO, Jaime – A Artilharia na Defesa de Costa em Portugal. Lisboa: Academia Militar, Dissertação Mestrado em Ciências Militares, especialidade de Artilharia, 2011. Disponível na internet URL: http://comum.rcaap.pt/handle/123456789/7247

MACHADO, M. (22 de Dezembro de 2008). Os Últimos Disparos do “Muro do Atlântico” Português. Obtido em Fevereiro de 2011, de http://www.operacional.pt: http://www.operacional.pt/os-ultimos-disparos-do-%E2%80%9Cmuro-doatlantico%E2%80%9D-portugues/

MASCARENHAS, Catarina de Oliveira Tavares – Da defesa à contemplação da paisagem : intervir no lugar do Forte e da 7ª Bateria do Outão no contexto da Arrábida. – Lisboa : FA, 2014. Tese de Mestrado.

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📌 À descoberta da Ponte da Ajuda: um belo exemplar da arquitetura civil manuelina…

📝Se Elvas destaca-se pela geometria e pela monumentalidade da arquitetura militar barroca dos séculos XVII e XVIII, a Ponte da Ajuda, a 10 km, é um perfeito exemplar da arquitetura civil manuelina do século XVI. Situada na margem direita do rio Guadiana, esta obra notável da engenharia lusitana tinha como missão  a circulação viária de bens, mercadorias e tropas entre as localidades de Elvas e Olivença. Era, assim, a única via de comunicação entre a fronteira portuguesa e a praça-forte de Olivenza em caso de socorro bélico a um assédio das hostes castelhanas. 

O rio Guadiana é o marco de fronteira natural que separa, desde tempos milenares, os povos que ocuparam a Península Ibérica. Lusitanos, Romanos, Visigodos, Árabes, Cristãos, entre outros, recreavam-se no curso de água mais importante e navegável da região Sul de Portugal. Os árabes chamavam-lhe “Uadiana”, “Uádi”, em árabe significa rio, e “Ana”, um antigo nome que dado pelos romanos. É neste afluente natural que ficada edificada a Ponte de Nossa Senhora da Ajuda. Construída, em 1509, no reinado de El- Rei D. Manuel I (1495-1521),  ficando para a posterioridade com o cognome do  “Venturoso“, encontra-se, actualmente, em ruínas. Originalmente, era constituída por dezanove arcos, com uma torre militar ao centro. Ao todo,  tinha cerca de 400 metros de comprimento. É uma obra notável da engenharia que ainda resiste ao tempo e ao Homem!

Em virtude dos aluviões e das cheias constantes foi parcialmente destruída no final do século XVI. Mais tarde, no contexto da Guerra da Restauração, foi reconstruída para permitir o socorro de tropas, equipamento bélico e víveres aos constantes assédios militares dos exércitos castelhanos de Felipe IV. Olhando a História, compreende-mos a razão da sua reconstrução: o fim da Monarquia Dual (1580-1640) e o início da luta pela restauração da independência nacional. 

No contexto da Guerra da Sucessão de Espanha (1701-1714), em 1709, esta ponte foi destruída parcialmente pelo exército Bourbon de Felipe V, neto de Louis XIV de França. Era o pronúncio antigo da ocupação efectiva de um território reclamado pelos castelhanos e, mais tarde, Espanhóis desde a época da Reconquista Cristã, aquando do assédio português à Taifa de Badajoz, na segunda metade do século XII, pelas forças do nosso primeiro rei D.Afonso Henriques.

Desde então, ficou impedida a passagem directa do território português para Olivença. Em 1801, no contexto da Guerra das Laranjas, dá-se a ocupação pelas forças espanholas de Godoy da vila portuguesa, cujos direitos portugueses foram reconhecidos pelos tratados de Alcanizes (1297) e de Viena (1815), mas nunca pelas autoridades espanholas. E na minha opinião, as autoridades portuguesas nunca souberam, ou não têm interesse, em valer os seus “reais e justos” direitos. Desculpem um aprendiz de viajante andarilho tem de ter opiniões, certo?

Há projectos para a sua reconstrução, mas em virtude das querelas fronteiriças entre Portugueses e Espanhóis, tal não foi possível ainda. Assim, entre 1709 a 2001, quem quisesse visitar Olivenza, teria de passar a fronteira do Caia em Badajoz. Actualmente, o viajante pode transpor, sem qualquer dificuldade, o território português, graças à nova ponte da Ajuda, em betão armado e sem qualidade estética, construída e financiada integralmente pelo Governo de Portugal.

Hoje em dia, os Portugueses e os Espanhóis são duas faces da mesma moeda: a Península Ibérica. Ao contemplar a ponte da Ajuda, o viajante fica ciente que a sua história foi feita ao ritmo dos confrontos bélicos entre os dois lados da fronteira. Daí, as sucessivas destruições e construções ao longo de mais dois séculos. Infelizmente, desde a primeira metade do século XVIII, que está em ruínas. Falar da ponte da ajuda, a meu ver, é falar estórias que fizeram a História de Portugal. 

Deixo-vos um olhar fotográfico desta icónica e histórica ponte do rio Guadiana. Quem disse que a silhueta das ruínas não é fotogénica? 

Alguns dos pontos de interesse nas proximidades da ponte da ajuda

• Fortaleza de Juromenha • Vila de Olivença • Praça-forte de Elvas • Rio Guadiana • Cidade de Badajoz (Espanha) • Forte de Nossa Senhora da Graça (Elvas) • Castelo de Campo Maior •

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Sabia que…❓❓❓

Nos mapas da Península Ibérica, a linha de fronteira que separa Portugal de Espanha está interrompida entre o Caia, em Elvas e a ribeira de Cuncos em Mourão. Ao longo de quase cem quilómetros, não foram colocados os marcos 802 a 899. No “meio”, entre uma extensa planície rodeada de azinheiras e banhada pelo rio Guadiana (Albufeira do Alqueva), emerge a vila de Olivença. A paisagem envolvente assemelha-se à região do Alentejo, com estruturas arquitetónicas à semelhança das localidades alentejanas.

▸Uma velha controvérsia ainda tem consequências reais. A designada “questão de Olivença” é há mais de 200 anos motivo de incómodo diplomático entre Lisboa e Madrid. Portugal não reconhece a soberania espanhola sobre o território de Olivença baseado numa interpretação diferente do Congresso de Viena de 1815 e do Tratado de Badajoz de 1801. Na atualidade, Portugal não reclama abertamente a restituição de Olivença, mas também não renuncia à sua pretensão.

▸Olivença, com cerca de 11 quilómetros da fronteira luso-espanhola, é uma cidade na zona raiana com um território de cerca de 750 km² e cerca de 12 mil habitantes. Este município fica situado a 11 quilómetros da fronteira luso-espanhola, a sul de Badajoz e Elvas, na região da Extremadura Espanhola. Reivindicada por direito por Portugal, desde o tratado de Alcanizes, em 1297, mas que Espanha anexou e mantém integrada na província de Badajoz, na comunidade autónoma da Extremadura, apesar de ter reconhecido a soberania portuguesa sobre a cidade quando subscreveu o Congresso de Viena, em 1817.

▸Muitos oliventinos, descendentes de portugueses, sentem-se filhos dos dois países calcula-se que serão quase três mil as pessoas com dupla nacionalidade. A maioria está plenamente satisfeita e orgulhosa do seu passado e da sua história, o que os torna únicos e [com uma identidade única] em toda a Península Ibérica.

▸O bicentenário contencioso sobre Olivença não deixa de pairar como uma sombra no relacionamento dos dois países vizinhos, se bem que politicamente silenciada. Ainda hoje, os marcos de fronteira não estão delimitados…e a Igreja de Santa Maria Madalena denuncia o legado da presença portuguesa em Olivença!

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Bibliografia

As fronteiras luso-espanholas : das questões de soberania aos fatores de união. Org. Francisco Pereira Coutinho, Mateus Kowalski; design José Brandão, Susana Brito. [Lisboa] : Instituto Diplomático : Ministério dos Negócios Estrangeiros, 2014. 200, [3] p. : il. ; 26 cm. ISBN 978-989-8140-20-3 Disponível em https://research.unl.pt/ws/portalfiles/portal/36263112/AS_FRONTEIRAS_LUSO_ESPANHOLAS_DAS_QUEST_ES_DE_SOBERANIA_AOS_FATORES_DE_UNI_O.pdf

COSTA, João Paulo Oliveira e – O cavaleiro de Olivença : romance histórico. Rev. Pedro Ernesto Ferreira. 2ª ed. [Lisboa] : Temas e Debates, cop. 2012. 548, [2] p. : il. ; 24 cm. ISBN 978-989-644-184-5

Direção-Geral do Património Cultural. (n.d.). Ponte de Nossa Senhora da Ajuda. SIPA – Sistema de Informação para o Património Arquitetónico. Recuperado em [16 de setembro 2024], de http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3241

FITAS, Ana Paula – Olivença e Juromenha : uma história por contar. 1ª ed. Lisboa : Colibri, 2007. 387, [1] p., [16] p. il. : il. ; 23 cm. (Extra-colecção). Bibliografia, p. 367-387. ISBN 978-972-772-730-8

PEDREIRA, Jorge Miguel ; COSTA, Fernando Dores – D. João VI : o clemente. Coord. cient. Artur Teodoro de Matos, João Paulo Oliveira e Costa; colab. Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa da Universidade Católica Portuguesa. 6ª ed., reimp. [Lisboa] : Círculo de Leitores, 2014. 360 p., [16] p. il. : il. ; 25 cm. (Reis de Portugal. 4ª Dinastia ; 27). Bibliografia, p. 343-348. ISBN 978-972-42-3900-2

Porto Editora – Ponte da Ajuda na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-16 15:41:32]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$ponte-da-ajuda

Olivença na história. Org., coord. Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas. 2ª ed. Lisboa : Assembleia da República, 2023. 388 p. : il. ; 25 cm. ISBN 978-972-556-784-5

Olivença : 1801 : Portugal em guerra do Guadiana ao Paraguai / Manuel Amaral. – Lisboa : Tribuna da História, 2004. – 112 p a 2 colns : il. ; 27 cm. – (Batalhas de Portugal). – Bibliografia, p. 111. – ISBN 972-8799-19-5

OLIVEIRA, José Fernando Reis de – A ponte velha da Ajuda : uma ruína, entre Elvas e Olivença. [S.l. : s.n], 2012 ([Loures] : Vigaprintes). 159 p. : il. ; 30 cm. Bibliografia, p. 139-153

OLIVEIRA, Humberto Nuno de – Crer e querer para vencer : 75 anos a servir Portugal : os orgãos sociais do “Grupo dos Amigos de Olivença”. Lisboa : Grupo dos Amigos de Olivença, 2021. 148 p. : il. ; 22 cm. ISBN 978-1-105-83437-0

VENTURA, António – A Guerra das Laranjas : a perda de Olivença 1796-1801. Lisboa : Prefácio, 2004. 159 p. : il. ; 27 cm. (História militar. Batalhas e campanhas). Bibliografia, p. 157-159. ISBN 972-8816-26-X

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📌 À descoberta do Regimento de Artilharia de Costa: a 5ªBateria da Raposeira…

Uma aventura pela Arquitectura Militar da Trafaria: a 5ª Bateria da Raposeira. Há ruínas que têm muitas estórias da história de Portugal para descobrir. Neste artigo, as ruínas falam

A 5ª Bateria de Costa da Raposeira é um local peculiar situado na freguesia da Trafaria, no concelho de Almada. Foi construída entre 1893 e 1911. Integravam o sistema de fortificações do Campo Entrincheirado de Lisboa, mas foram mais tarde integradas na Frente Marítima de Defesa de Lisboa. Actualmente, em ruínas, este complexo bélico estava integrado num conjunto de oito Baterias de Artilharia de Costa do Exército que formavam o extinto Regimento de Artilharia de Costa (Grupo Sul).

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Subindo o monte da Raposeira, o cenário do complexo bélico é desolador. Das antigas instalações militares – que foram desocupadas na década de 80 do Século XX – , restam as ruínas dos edifícios construídos no final do século XIX, os subterrâneos e as três peças de artilharia Krupp CTR de 15 cm. Ainda hoje, nos canos, podemos comprovar que foram fundidas, entre 1904 e 1907, no berço desta empresa industrial alemã: Essen. Ao longo do espaço arquitectónico,encontramos espalhadas centenas de munições de paintball. Por experiência própria, aquando da minha visita às Baterias das Alpenas, tive oportunidade de receber o meu “baptismo de fogo” dos adeptos deste combate simulado. Os graffitis cobrem as paredes deste recinto. Não ficamos intimidados, visto que estes são uma companhia para os mais curiosos, como eu.

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Peça (s) de Artilharia Krupp CTR 15 cm

Há muitas ruínas que têm muitas estórias da História para contar. Aliás, verdadeira pedras com história. No campo das Telecomunicações, foi nesta antiga estrutura militar que se deram as primeiras experiências com a Telegrafia Sem Fios (TSF) em Portugal foram realizadas em 17 Abril de 1901, entre o forte da Raposeira na Trafaria e o Regimento de Engenharia no forte do Alto do Duque, localizado em Algés. Entre ambas, havia uma distância de 4.300 metros. Por resolução do Ministério da Guerra, sob o comando do coronel Avelar Machado, dirigiram estes testes, desde o forte da Trafaria, o Capitão João Severo da Cunha e o Tenente Pedro Álvares. Foi experimentado durante o ensaio radiotelegráfico, o equipamento da empresa francesa Ducretet oferecido  ao Ministro da Guerra de então, o General Luís Augusto Pimentel Pinto.

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5ªBataria da Artilharia de Costa da Raposeira 

O Regimento de Artilharia de Costa tinha como intuito a protecção da capital portuguesa e da entrada do rio Tejo face a uma eventual invasão marítima. Todavia, nunca tiveram uma prova de fogo, como as do Forte de Almada e do Alto do Duque contra os Navios da Armada Portuguesa:  o contratorpedeiro ‘Dão’ e o ‘Aviso’ de 1ª classe Afonso de Albuquerque. Estávamos em 1936, em plena Guerra Civil de Espanha (1936-1939), uma facção de marinheiros portugueses revoltou-se contra a ditadura salazarista, face ao apoio deste ao General Franco, e face à situação politica no nosso país. O golpe militar não vingou, mas os marinheiros revoltosos quiseram levar os navios para Espanha, onde combateriam na Guerra Civil pelo lado republicano. Após uma tentativa falhada de fugir da Barra do Tejo, em virtude do fogo cruzado entre o Forte de Almada e do Alto do Duque, estes acabaram por render-se e ficar fundeados junto à Cruz Quebrada. Apesar de não terem participado, os canhões da Bateria  e da Raposeira estavam de prevenção para impedir a saída dos navios do estuário Tejo. Foi o último grito de revolta do reviralho contra a Ditadura Militar e, mais tarde, Estado Novo.

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Peça de Artilharia Krupp CTR 15 cm (Essen, 1904,N.º18)

Os Canhões da Memória. As diversas ruínas do antigo RAC são, hoje, lugares esquecidos pelo Homem. Entregues ao tempo. Ao percorrer estas ruínas, sinto-me uma espécie de intermediário entre os artilheiros que fizeram uma parte da sua vida neste complexo militar. Nem todos se conformam com o triste destino das baterias  da Artilharia de Costa. É o exemplo da recente Associação dos Amigos da Artilharia de Costa criada com o objectivo de zelar pelo legado memorial e pela conservação deste património histórico-militar. E não estão sozinhos nesta “epopeia”. Arquitectos, historiadores e os habitantes da Trafaria esperam agora que as ruínas dêem um novo impulso cultural e económico que traga novos horizontes…de memória.

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Panorama parcial da Trafaria, vista do Monte da Raposeira

Os canhões da bateria da Artilharia Costa nº 5 silenciaram-se há mais de duas décadas, tendo como consequência a monotonia desta freguesia da margem sul do Tejo. Todavia, o centro histórico da Trafaria merece uma visita mais demorada para conhecer as estórias desta vila piscatória e industrial, cuja existência remonta há pelo menos cinco séculos. Ao percorrermos as suas ruas e vielas, podemos tomar contacto com a arquitectura balnear dos séculos XIX e XX que pode ser apreciada calmamente, apesar do desgaste do tempo a que foi sujeito. Sabia que a Trafaria foi a primeira colónia balnear inaugurada pela Rainha D. Amélia?

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Como chegar:

A partir de Lisboa, o trajecto mais acessível para esta localidade da margem sul, é através da via fluvial. Para tal, basta apanhar o cacilheiro ou o ferry-boat que faz as ligações fluviais entre Belém e a Trafaria. Eu fui no Eborense. A viagem custou 1.20 €. Para consultar os horários e os preços, poderá saber mais na Transtejo. Esta é a empresa que assegura a Ligação Trafaria – Porto Brandão – Belém.

Para mais informações:

Bateria do Outão e Forte Velho do Outão – SIPA: Sistema Informação para o Património Arquitectónico. [Em linha]. [Consultado em 30 Dez. 2014]. Disponível na  internet URL: <http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=25039 >

Forte-Presídio Naval da Trafaria – SIPA: Sistema Informação para o Património Arquitectónico. [Em linha]. [Consultado em 30 Dez. 2016]. Disponível na  internet URL: <http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=32962 >

COSTA, António José Pereira da – A cidadela de Cascais e a Defesa da Costa Marítima do Guincho ao Estoril. In: “Boletim do AHM”, Lisboa, vol. 63 (1998 – 1999), pgs. 37 – 98.

EMERECIANO, Jaime – A Artilharia na Defesa de Costa em Portugal. Lisboa: Academia Militar, Dissertação Mestrado em Ciências Militares, especialidade de Artilharia, 2011. Disponível na internet URL: http://comum.rcaap.pt/handle/123456789/7247

MACHADO, M. (22 de Dezembro de 2008). Os Últimos Disparos do “Muro do Atlântico” Português. Obtido em Fevereiro de 2011, de http://www.operacional.pt: http://www.operacional.pt/os-ultimos-disparos-do-%E2%80%9Cmuro-doatlantico%E2%80%9D-portugues/

MASCARENHAS, Catarina de Oliveira Tavares – Da defesa à contemplação da paisagem : intervir no lugar do Forte e da 7ª Bateria do Outão no contexto da Arrábida. – Lisboa : FA, 2014. Tese de Mestrado.

FONTE: http://sitiomarconi.fundacao.telecom.pt/…/p4_40_miolo_Marco…
Oliveira, João de – “A TSF: como nasceu em Portugal” in Revista Militar, Ano 98,.º11,1946,pp.561-562.

Ler mais em:  http://ruinarte.blogspot.pt/2013/02/a-bataria-da-raposeira-trafaria.html

Ler mais em: http://www.fpc.pt/Portals/0/Flipbook/HTML/files/assets/seo/page67.html

Nota importante [👤]

As presentes informações não têm natureza vinculativa, funcionam apenas como indicações, dicas e conselhos, e são susceptíveis de alteração a qualquer momento. O Blogue OLIRAF não poderá ser responsabilizado pelos danos ou prejuízos em pessoas e/ou bens daí advenientes. Se quiser partilhar ou divulgar as minhas fotografias, poderá fazê-lo desde que mencione os direitos morais e de autor das mesmas.

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📌 À descoberta de Salamanca: um dos belos postais de Espanha…

Uma experiência fotográfica pelo património monumental de “castiça” cidade de Castilla y León.

Salamanca é um autêntico museu ao ar livre. Com o rio Tormes aos seus pés, esta cidade de Leão e Castela preserva um importante legado patrimonial-cultural do Reino de Espanha. Jacques Le Goff afirmou que a cidade como a conhecemos nasceu na Idade Média. De facto, a cidade medieval não rompeu com os modelos de arquitetura e urbanismo da Antiguidade grega e romana. Foi, aliás, com base neles que muitas cidades se ergueram na Idade Média. E a monumental Salamanca segue este paradigma.

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El viajero en el país de Cervantes…

Após atravessar a região do “Campo Charro”, entre Ciudad Rodrigo e Salamanca, chegamos à Monumental cidade de Salamanca. A arquitectura exterior e interior da Catedral Velha e Nova cativa o olhar de qualquer viajante. Aqui, podemos sentir a influência e a importância do poder religioso e temporal nas dinâmicas urbanas ao longo dos séculos.

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Há muitas razões para visitar a “Monumental” Salamanca,uma cidade com uma vivência surpreendente. A “Coimbra Espanhola” deixa muitas saudades por quem passa. Adorei esta viagem pela história, cultura e arquitectura do Siglo de Oro Español (1492-1659). Colón, Ribera y Cervantes são figuras ominipresentes por esta região de Castilla y León. Se gostava do Barroco, com esta viagem, fiquei a gostar ainda mais. Recomendo.

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A Universidade de Salamanca (em espanhol: Universidad de Salamanca) é uma instituição de ensino superior pública. É a universidade mais antiga daquele país e a quarta fundada na Europa, posterior somente às universidades de Bolonha, Oxford e Paris. Com mais de 35 000 alunos, a Universidade de Salamanca é, hoje, uma das instituições universitárias mais prestigiadas da Europa, atraindo estudantes de toda a Espanha e de todo o mundo de língua castelhana, em especial, estudantes da América Latina. Há uma importante ligação aos povos sul-americanos, em virtude de aqui se terem formados muitos alunos/elites que posteriormente fundaram as Universidades no Novo Mundo ou Nova Espanha. Em suma, esta universidade é a mais antiga instituição universitária da Península Ibérica e da Europa, fundada em meados do Século XIII por Fernando III de Leão e Castela, à semelhança de Oxford, Cambridge, Paris, Bolonha e Modena.

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O convento de Santo Estevão – Ordem dos Dominicanos – foi um dos pioneiros na expansão espanhola na América do Sul. O prior Diego de Deza travou amizade com Cristóvão Colombo e intercedeu junto dos Reis Católicos para a consumação da ideia do genovês. De facto, os Dominicanos foram grande protectores dos indígenas nos primeiros tempos da brutalidade colonial castelhana na primeira metade do Século XVI. 

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A tradição do “Marquelo”: o Mariquelo era originariamente um membro de uma família abastada, los Mariquelos, que devia subir cada ano à torre da Catedral Nova de Salamanca, em agradecimento a Deus, pelos poucos danos e sem vitimas mortais durante o terramoto de 1755. Ainda hoje, a tradição persiste. Quem diria…

Em poucos km², nunca vi tanta Monumentalidade. De facto, o Reino de Espanha é um dos países da Europa, e do Mundo, com maior percentagem de Monumentos e sítios classificados pela UNESCO.

Porquê visitar a cidade de Salamanca?

Embora seja afamada pelo seu sol, a sua cultura de praia e pela vida noturna, à Espanha não falta diversidade cultural, paisagística e gastronómica. Com as suas montanhas cobertas de neve, regiões agrestes e remotas, reservas naturais  luxuriantes e trilhos costeiros escarpados. É também um dos países com maior número de sítios classificados como património mundial da UNESCO.

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O esplendor da arquitectura barroca de Alberto Churriguera: a agitação diurna da Plaza Mayor de Salamanca. É, sem dúvida, uma das melhores de Espanha. Esta emblemática e majestosa praça deixa qualquer viajante sem palavras. Felipe V, neto de Luís XIV, mandou-a construir em voto de agradecimento pelo apoio da cidade aos Bourbon, durante a Guerra de Sucessão Espanhola (1701-1714). É o “coração” desta cidade de Castilla y León.

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A partir daqui, o movimento diurno e nocturno vai dinamizar as artérias circundantes de Salamanca. Há entrada, junto ao mercado, temos uma cabeça de um Touro. Eram nestas praças, como em toda a Espanha, que se realizavam os espectáculos de diversão das massas: as touradas e os Autos-de-Fé. Na sua decoração, podemos ver diversos medalhões com figuras importantes da história de Espanha: Cervantes, Carlos V, Santa Teresa, entre outros.

fuji-x-t10-55De uma forma geral, esta cidade surpreendeu-me. Que experiência fantástica de viagem pelos Archivos de Salamanca e Valladolid. Visitar, contactar e conhecer novas culturas, permite-nos sermos pessoas mais instruídas. Tenho pena de não ter efetuado o programa académico Erasmus nesta cidade-universitária. Para Miguel de Unamuno, a cidade de Salamanca “…Es una fiesta para los ojos y para el espíritu.r la ciudad como poso del cielo en la tierra de las aguas del Tormes.” “…Salamanca que enhechiza la voluntad de volver a ella a todos los que la apacibilidad de su vivienda han gustado.”, dizia o escritor-viajante Miguel de Cervantes.

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✈︎ Como ir:

Desde Portugal chega-se a Salamanca, através da A1 e da A23 até à fronteira de Vilar Formoso e, já em Espanha, opta pela autovía A-62. Pode optar pelo Autocarro Avanza Bus ou ir na sua própria viatura. De uma forma geral, de Lisboa a Salamanca são, sensivelmente, cinco horas para percorrer uma média de 500 quilómetros em Auto-Estrada. Durante esta viagem, optamos por realizar diversas paragens técnicas – duas em duras – em estações de serviço em Portugal e almoçar em Ciudad Rodrigo.

🏠Onde ficar:

Exe Hall 88 Apartahotel: este Apart Hotel é o ideal para conhecer a cidade monumental de Salamanca (a cerca de 10 minutos da cidade a pé) e um ponto-de-partida para visitar a região do Campo Charro. No interior de cada quarto, existeuma mini-cozinha para cozinhar. E tem um excelente restaurante-bar para desfrutar, por exemplo, de uma boa partida de Futebol. Para quem quer viajar de autocarro, esta unidade hoteleira fica em frente à principal estação rodoviária da cidade.

🍜 Onde comer:

O restaurante Oroviejo – Gastro-bar Salamanca, cozinha tradicional muito elogiado no Tripadvisor, está instalado perto da monumentalidade do “casco” do centro histórico de Salamanca. Perfeito para quem procura uma refeição num ambiente tranquilo, apesar da agitação das ruas. Para beber, recomendo uma cerveja Alhambra Reserva 1925. E para comer, nada como umas Tapas de Patatas Bravas. Um restaurante com boa comida espanhola. Saborosa. Recomendo as Albondigas Pollo e acompanhadas com Patatas Oroviejo . Uma delicia. Trata-se de um bom exemplo de cozinha de chefe acessível a todas as carteiras.

🌏 Para mais informações:

Página Oficial do Turismo de Espanha (Spain.info)

Página Oficial de Turismo de Castilla y León

Página Oficial Turismo de Salamanca

Turismo Provincia de Valladolid

Old City of Salamanca (UNESCO)

Nota importante [👤]

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📷 Viagem Fotográfica pela cidade de Lisboa…

No próximo dia 22 de Abril, irei realizar o meu primeiro Tour Fotográfico pelo centro histórico da cidade de Lisboa. Trata-se de uma parceria entre o blogue OLIRAF e a Time Travellers. Este passeio destina-se a todos os Time Travellers que apreciem o contacto com a arte fotográfica, o gosto pela História e que queiram conhecer mais um pouco da cidade de Lisboa. Siga neste passeio pedestre dedicado exclusivamente à fotografia, curiosidades históricas e o património histórico de Lisboa castiça. Iremos captar as praças e os miradouros movimentados, a magnifica arquitectura urbana, os melhores retratos de rua e aventurarmos-nos pela genuína Alfama à procura dos melhores ambientes, olhares e cores da capital portuguesa.Para mais informações, poderá consultar o seguinte link  Viagem Fotográfica Pela Cidade De Lisboa.

PortefólioOLIRAFBlogue2017

Sinopse

Ao comando do seu grupo, o viajante Rafael Oliveira (OLIRAF) traça um novo percurso fotográfico, do Terreiro do Paço até à Feira da Ladra. No encalce deste viajante do tempo, de viela em viela, vai percorrer e registar a tua epopeia fotográfica. Este passeio destina-se a todos os Time Travellers que apreciem o contacto com a arte fotográfica, o gosto pela História e que queiram conhecer mais um pouco da cidade de Lisboa. Siga neste passeio pedestre dedicado exclusivamente à fotografia, curiosidades históricas e o património histórico de Lisboa Castiça. Iremos captar as praças e os miradouros movimentados, a magnifica arquitetura urbana, os melhores retratos de rua e aventurarmo-nos pela genuína Alfama à procura dos melhores ambientes, olhares e cores da capital portuguesa.

Spots Fotográficos: Terreiro do Paço / Elétrico 28 / Sé Catedral /Alfama / Miradouro Santa Luzia e do Castelo / São Vicente de Fora / Feira da Ladra.

Material fotográfico aconselhado: tratando‐se de uma experiência fotográfica, recomenda‐se a utilização de uma câmara analógica ou reflex (DSLR), com objectiva (grande angular ou teleobjectiva). Considere a hipótese levar cartões de memória e baterias extra. De qualquer modo, poderá levar um telemóvel (Smartphone) para registar as suas imagens durante o percurso.

Destinatários: esta “viagem fotográfica” destina-se a todos os participantes que gostam de História, Fotografia e de Viajar. Pretende-se, acima de tudo, valorizar o olhar, o conhecimento e a técnica fotográfica de cada viajante, bem como enriquecimento cultural sobre a cidade de Lisboa.

📌Para mais informações:

DATA: 22 de Abril
HORÁRIO: 10h-13h
PONTO DE ENCONTRO: Terreiro do Paço
INSCRIÇÕES: Até 20 de abril
PREÇO POR PESSOA: Adultos: €15 | Crianças até 12 anos: €5
INCLUI: Workshop Fotografia de Rua e seguro | Obrigatório levar máquina de qualquer tipo

Saber mais & Reservar

 

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📌Be a Time Traveller: roteiro fotográfico pela “Lisboa das Lendas e dos Mitos”

A Time Travellers é uma agência de animação turística, criada em 2010, dedicada à divulgação do património Histórico, Arqueológico e Cultural de Portugal. Os seus passeios já levaram milhares de portugueses e estrangeiros a conhecer a História e Cultura do nosso país. Confesso que há muito seguia este projecto cultural de duas arqueólogas de formação (a Inês Ribeiro e a Raquel Policarpo), mas com muita paixão pelas estórias da nossa História de Portugal e, em especial, da cidade de Lisboa.

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Após vários contactos para agendar um passeio pela capital lisboeta, tive oportunidade de percorrer a “Lisboa das Lendas e dos Mitos”, com a Time Traveller Inês Ribeiro. O ponto de encontro é no Largo do Carmo, um local mítico e simbólico para muitos lisboetas e portugueses. De facto, um dos marcos históricos e políticos da nossa contemporaneidade: a Revolução dos Cravos de 1974. Mas, recuando a tempos idos, aqui também temos as ruínas do antigo Convento do Carmo. Estou certo que o leitor deve recordar-se da expressão “Cai o Carmo e a Trindade”? Há um antes e um depois do fatídico dia 1 de Novembro de 1755.

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Através da meu olhar, em sintonia com o discurso da Time Traveller para a audiência, fui fotografando de uma forma descontraída o que me despertava a atenção e do grupo de viajantes do tempo que acompanhava-me nesta (re)visitação pelas castiças e surpreendentes estónias da História da capital portuguesa.

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Viajamos por inúmeras Lendas e Mitos da capital portuguesa, desde Ulisses até D.Pedro IV, incluindo as expressões vulgarmente utilizadas no quotidiano lisboeta. Por exemplo, a expressão “resvés (ou rés-vés) Campo de Ourique” remonta ao fatídico terramoto do ano de 1755. Segundo alguns cientistas, este fenómeno natural  terá tido uma magnitude de 9 na escala de Ritcher, originando a destruição do casco medieval e renascentista do património monumental da cidade de Lisboa, em especial, junto ao rio Tejo. Após o terramoto segui-se um maremoto (ou tsunami), originando uma onda entre 15 a 20 metros, que inundou e causou grande destruição e mortandade até à actual zona de Campo de Ourique que, por um triz, escapou. Para alguns historiadores, a origem da expressão, remonta ao antigo limite urbano – termo – da cidade de Lisboa: a antiga estrada da circunvalação que atravessava à “justa” Campo de Ourique. Na minha opinião, eu apontava para a primeira hipótese. Porquê? O Aqueduto das Águas Livres, com os seus 35 Arcos Ogivais – aguentaram este sismo sem qualquer dano ou rachura maior.

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A meu ver, foi uma narrativa peculiar de estórias da  História dos locais, como lisboeta, por onde passamos no nosso “fugaz” quotidiano habitual e que muitas vezes não paramos para apreciar verdadeiramente. A Time Traveller Inês Ribeiro nutre uma grande paixão pela divulgação da História, Cultura e Arqueologia de Portugal. E a sua agência de animação turística é um bom exemplo. Está sempre disponível para responder a todas as perguntas, sempre com um sorriso. No final de cada visita ou pausa, há sempre espaço de discussão para aqueles viajantes do tempo que se entusiasmam pelas curiosidades históricas, como eu.

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Ficou com curiosidade? Quer descobrir uma Lisboa desconhecida e perdida no tempo, fora dos roteiros turísticos das “massas” ? Poderá vivenciar numa visita-guiada pelas Time Travellers ou adquirir este livro que, a meu ver, revela-lhe estes e outros segredos e vestígios de uma cidade milenar à espera de serem descobertos por si. Sabia que na Igreja de Santo António se pode aceder ao subsolo por baixo do altar-mor, onde teve início a história do templo? E que na Rua da Prata se pode visitar galerias romanas e descobrir o que resta de um antigo fórum romano? Lisboa é uma cidade milenar e multicultural, fruto dos séculos de vivência de fenícios, romanos, visigodos, muçulmanos e cristãos.

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Descubra o património edificado da cidade de Lisboa que a rodeia, na companhia do OLIRAF

No próximo dia 22 de Abril, irei realizar o meu primeiro Tour Fotográfico pelo centro histórico da cidade de Lisboa. Trata-se de uma parceria entre o blogue OLIRAF e a Time Travellers. Este passeio destina-se a todos os Time Travellers que apreciem o contacto com a arte fotográfica, o gosto pela História e que queiram conhecer mais um pouco da cidade de Lisboa. Siga neste passeio pedestre dedicado exclusivamente à fotografia, curiosidades históricas e o património histórico de Lisboa castiça. Iremos captar as praças e os miradouros movimentados, a magnifica arquitectura urbana, os melhores retratos de rua e aventurarmos-nos pela genuína Alfama à procura dos melhores ambientes, olhares e cores da capital portuguesa.Para mais informações, poderá consultar o seguinte link  Viagem Fotográfica Pela Cidade De Lisboa.

📌Para mais informações:

  • Site

    http://www.timetravellers.pt

  • Setor

    Lazer, viagens e turismo

  • Especializações

    Turismo, Walking Tours, Organização de eventos

  • Roteiros & Passeios

    Lisboa e Portugal

  • Fundada em

    2011

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