


📌Dia 1 – 25 Março de 2015: Lisboa / Tânger (via Algeciras)

Tendo o Estreito de Gibraltar como pano de fundo, após a saída do ferry-boat do complexo portuário de Algeciras, o porto da cidade de Tânger emerge sumptuosa num ponto fulcral do continente africano, onde inúmeras civilizações, culturas e povos que ali se cruzam durante milénios. Em menos de uma hora de viagem, estamos noutro continente: o africano.

📌Dia 2 – 26 Março de 2015: Tânger / Meknes

Rumo a Meknes, com paragens por Chefchaouen e Volubilis. Chefchaouen presenteia-nos com as suas cores azuis turquesa na maioria das suas casas e na antiga medina. De facto, é uma cidade muito fotogénica. Para quem vem da Europa, na minha opinião, esta é a cidade ideal para se ambientar nas ruelas de Marrocos e para aqueles que querem explorar as Montanhas do Rife. De seguida, as ruínas romanas de Volubilis (UNESCO World Heritage) não são só uma cidade em si, é também a paisagem que a circunda. Uma cidade antiga que só se pode compreender o seu valor patrimonial e arqueológico pela sua importância no contexto paisagístico.

📌 Dia 3 – 27 Março – Meknes / Merzouga
Já imaginaram pisar neve e a areia do deserto no mesmo dia? Sim, foi possível no trajecto entre a cidade Imperial de Meknes ( que infelizmente só percorri as ruelas da medina à noite). Ao longo deste trajecto até Merzouga percorremos inúmeras aldeias, vilas e cidades de Marrocos, com paisagens de cortar a respiração e locais isolados longe de qualquer lugar. Todavia, o melhor estava guardado para ao fim: a viagem 4×4 até Merzouga.
📌Dia 4 – 28 Março – Merzouga / Zagora
Em Merzouga, a aldeia das dunas, a paisagem fica reduzida a duas cores: o castanho-avermelhado das areias e o azul do céu. É um pequeno oásis sariano próximo das Dunas de Erg Chebbi. Estas imponentes Dunas são as mais espectaculares de Marrocos. Situada na zona sudeste, a sul de Erfoud, perto da fronteira da Argélia, são também muitas vezes chamadas de Dunas de Merzouga. Este “mar” de areia tem as dunas mais altas de Marrocos, chegando a atingir quase os 250m de altitude.
📌Dia 5 – 29 Março – Zagora / Marrakesh

Partida de Zagora, com o Vale do Draa ao fundo, rumo à cidade imperial de Marraquexe. Pelo meio a subida do Alto Atlas com paragem no Col du Tichka (a 2260metros de altitude), uma visita ao Ksar de Ait-Ben-Haddou (Ouarzazate) – African World Heritage (UNESCO) – e, finalmente, apreciar um magnifico “sunset” e uma noitada na praça mais animada de África: a Jemaa El-Fnaa.

📌Dia 6 – 30 Março – Marrakesh / Marrakesh

A cidade de ocre: Marraquexe. Aqui, chegamos à verdadeira essência de Marrocos. Passei o tempo a deambular pelas ruelas do “enorme” Souk e antiga medina de Marraquexe, uma visita à farmácie berbere, pela antiga escola corânica Medersa Ben Youssef, Mesquita de Koutoubia, Praça Jemaa El-Fnaa e finalmente, a visita aos jardins da casa do pintor francês Jacques Majorelle (1886-1962) e ao museu berbere no seu interior. Este último, recomendo.

📌Dia 7 – 31 Março – Marrakesh / El-Jadida

Os Portugueses que, de 1415 a 1550, erigiram em solo marroquino as fortalezas que hoje são o nosso testemunho nestas latitudes. Para as gentes do Magrebe, os nossos antepassados não eram estranhos..De facto, os muçulmanos ou “mouros” estiveram quase cinco séculos e meio no território que hoje é Portugal (Gharb Al-Andalus). No fundo, somos duas faces de uma mesma moeda.

📌Dia 8 – 1 Abril – El-Jadida (Via Tânger)/ Cadiz

Os últimos dois dias da viagem foram efectuados junto à zona litoral do Marrocos Atlântico, onde podemos visitar inúmeras cidades com património de origem portuguesa, tais como, Esaouira, Safi, El-Jadida e Arzila. Na minha opinião, as mais interessantes são Essaouira – pela cidade em si – e El-Jadida pelo património arquitectónico-militar lusitano edificado.

📷Este Roteiro Fotográfico pelo Reino de Marrocos permitiu-me deambular e divagar por lugares exóticos incríveis, cheios de belezas naturais, cidades imperiais fantásticas ou o contacto com o património de origem portuguesa. Apesar de ser um país que está tão perto de Portugal, as pessoas ainda têm algum desconhecimento e receio de vir até cá.
O custo para os participantes desta viagem de estudo rondou os 650 euros, sem contar com as despesas extras, por exemplo, as famosas compras no Souk de Marraquexe ou na farmácia Berbere. De referir, que o preço incluiu a viagem em autocarro de turismo, a viagem de ferry (Algeciras/Tânger e Tânger/Algeciras), hotel (com pequeno almoço e jantar) e seguro de viagem, pelo que a única despesa diária não incluída era o almoço. Já lá queria ter ido há algum tempo.
O caminho faz-se geografando. O supremo modo de viajar ė a caminhada. Infelizmente, a urgência dos tempos modernos só esporadicamente deixa experimentar esta sensação. Decidi-me de uma vez por todas cumprir desejos. Marrocos foi o primeiro.Nesta reportagem fotográfica aparece apenas uma pequena fracção do que vi, conheci e vivi…
P.S: em certos momentos, o passaporte é a sua prova de vida, guarde-o num sitio seguro. Se for a Marrocos, o leitor terá de possuir um passaporte com validade superior a 90 dias a contar da data de entrada no Reino de Marrocos.
👤 Nota importante
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Texto: Rafael Oliveira | Fotografia: Oliraf Fotografia
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Fotografia•Viagens•Portugal © OLIRAF (2015)
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Encantada com suas fotos, são lindas. Sou louca para conhecer o Marrocos, e ver esse post deixou-me com mais vontade ainda.
Abraços
Olá Josiane Bravo,
Agradeço o feedback. Marrocos, a meu ver, é um dos países mais seguros do Mundo para viajar. Neste momento, aconselho ir. Se tiver curiosidade, visite o meu instagram @oliraffotografia ou o meu álbum com fotos de Marrocos no Facebook. Saiba mais em https://www.facebook.com/oliraffotografia/photos/?tab=album&album_id=249033258592586
Se tiver sugestões ou dúvidas sobre MArrocos, pode mandar-me um e-mail para oliraf89@gmail.com
Cordialmente,
OLIRAF
Muito obrigada pela atenção 🙂 Já ouvi falar que o Marrocos é realmente um lugar bem seguro para o turista. Isso é ótimo.