Salaam alaikum. Nenhum homem pisa a mesma cidade duas vezes. As ruas não são as mesmas, tão pouco o mesmo homem!
Depois de «andar às voltas» em linha recta por lugares tão diferentes como Chefchaouen, Ifrane, Merzouga, Zagora, finalmente a conhecida Marraquexe. Perto de nós pela geografia, Marrocos fica longe de tudo. Em pouco mais de umas horas «aterramos» num mundo desconhecido.Depois de deixar a mala no Hotel Oudaya não resisti em sentir a essência da Marraquexe de Delacroix: a Praça Jemaa El Fna e ouvir o chamamento para a oração da noite. Sem palavras!
MARRAQUEXE: a cidade de destino estava próxima. Sentia-se o caótico trânsito com os carros,motas e bicicletas em constante movimento. Calor Abafado. E um magnifico fim de tarde, onde o pôr-do-sol é o prenúncio de uma bela noite na maior praça de África: a Jemaa El Fna.
O segundo dia em Marraquexe começou cedo. E da varanda do meu quarto senti, pela primeira vez em muito tempo, um calor diferente do que estou habituado a viver. Quente e doce. Depois de tomar um pequeno-almoço reforçado, parti rumo à aventura em Marraquexe com várias visitas programadas: Jemaa El Fna, Souk Marraquexe, Escola Corânica Medersa Ibn Youssef, Pharmacie Berbere e Jardim Majorelle.
Marraquexe é uma das quatro “cidades imperiais”. Na foto, podemos ver a Mesquita de Koutoubia, um dos símbolos desta cidade, além da Praça Jemaa-el-Fana e da antiga Medina. Salienta-se a Beleza do Interior da Mesquita que pude comprovar do exterior com inúmeras naves. Infelizmente, só está aberta a crentes islâmicos.
No meio da agitação da Medina de Marraquexe, encontra-se um oásis:a antiga escola corânica Medersa Ibn Youssef. Um local espiritual para fugir ao rebuliço do quotidiano habitual e ao calor da cidade de ocre. Para mim, Marraquexe é onde tudo acontece…uma cidade que mexe com qualquer viajante.
A Praça Jemaa El Fna é outro dos pontos obrigatórios numa visita a esta cidade muçulmana. É praça mais movimentada de Marraquexe e um grande circo a céu aberto. O Coração de África é neste local. Respira-se. Vive-se. Inspira-se. África. Diria que a cereja no topo do Bolo são barracas de comida e o reboliço da montagem das tendas.
Perder-se no Souk de Marraquexe é abrir a boca de espanto. De facto, para quem gosta de aventura e de explorar becos e vielas é aconselhável. Para os menos aventureiros, o souk torna-se um labirinto e, por vezes, é necessário um Guia. E foi esse o caso do meu Grupo. Também é importante, pois o guia dá indicações sobre os melhores sítios para comprar e,claro, regatear. Antes de viajar, vejam os inúmeros programas que aparecem na programação do canal National Geographic, especialmente o Burlar Turistas de Marraquexe.
Depois da visita ao Souk de Marraquexe, seguiu-se a hora de almoço. Optei por almoçar num dos inúmeros restaurantes com vista panorâmica para a Praça Jemma El Fna. De salientar, que paga-se 10 Dirhams (1€) pela taxa de utilização da restauração com vista panorâmica para a referida praça. De seguida, optou-se por um programa diferente: visitar o famoso Jardim Majorelle e o Musée Berbère com uma colecção riquíssima sobre a Cultura Berbere.
A arquitectura de Marrakech é surpreendente com as milhares de parabólicas no topo dos terraços, bem como a imponência das montanhas do Alto Altas como pano de fundo. Poucas viagens oferecem tantas oportunidades fotográficas como uma viagem a Marrocos. De facto, a experiência da viagem permite-nos contactar com um mosaico riquíssimo de beleza e variedade paisagística urbana e cultural.
A experiência de «mergulhar» no centenário souk da cidade, deambulando pelas inúmeras e estreitas ruelas da antiga medina com personagens vestidas de djellabas, constantes motorizadas a cruzar-se no nosso caminho, burros que passam carregados com mercadorias e,de seguida, entrar numa loja onde nos oferecem um chá de menta enquanto fazemos compras exóticas. E, claro, o prazer de regatear um produto.
O meu olhar «fotográfico» perdeu-se nesta cidade imperial que proporciona experiências sem fim. Na minha opinião, Marraquexe oferece uma das melhores experiências para conhecer e sentir o pulsar da agitação de África e do misticismo da Civilização Muçulmana.
Marraquexe. Cidade de influências culturais africanas, berberes, andaluzes, muçulmanas e europeias, onde podemos sentir na atmosfera colorida e exótica a essência desta cidade marroquina. É engraçado voltar para casa. Tudo têm a mesma cara, o mesmo cheiro. Nada muda. Nos damos conta de que quem mudou, fomos nós…
Shukran Marrocos!
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Texto: Rafael Oliveira | Fotografia: Oliraf Fotografia
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Gostei da descrição que fez de Marraquexe!
Também tive oportunidade de visitar e valeu bem a pena! http://lostintravelblog.wordpress.com
Agradeço o feedback. Brevemente irei partilhar a minha aventura por Marrocos. Esteja atento. Parabéns pelo seu Blog. Gostei.