
Para quem nunca pôs o pé fora do continente europeu, como foi o meu caso em 2013, entrar em Marrocos é mais ou menos como descobrir um novo mundo ou ser transportado para uma nova dimensão. Não é preciso sequer ver os minaretes das mesquitas que rasgam o horizonte para perceber que se está num país islâmico. Basta ouvir o canto “hipnótico” amplificado pelos altifalantes das mesquitas guiando os fiéis para a oração. Como dizia o poeta Fernando Pessoa: “primeiro estranha-se, depois entranha-se…”

Com a publicação deste artigo – Le maroc que J´aime – acabo de iniciar um conjunto de crónicas sobre a minha experiência de viagem pelo Reino de Marrocos. Assim, irei mensalmente falar aos leitores sobre as diversas cidades marroquinas por onde tive oportunidade de visitar e, claro, fotografar.

Le Maroc que J´aime: Chefchaouen…
Nesta viagem propomos mais que uma simples visita, sugerimos uma aventura pela cidade azul inserida nas Montanhas do Rife. Um viajante que percorra Marrocos tem que passar OBRIGATORIAMENTE por esta cidade. No meu caso, serviu de paragem para almoço antes de mais de cinco horas de viagem até ao destino final do segundo dia de viagem por Marrocos: a cidade imperial de Meknès.


Em Chefchaouen pode explorar a cidade pelas ruelas e descobrir pontos únicos, interagir com os locais e almoçar num dos imensos restaurantes, fazer compras no souk local e adquirir artesanato local com padrões tipicos da região. Esta cidade, sem termos de comparações, faz-me lembrar a nossa alfama com as ruelas.

Importa salientar que não irei recomendar nenhum restaurante nem local. Deixo isso ao critério de cada viajante. E porquê? Na minha opinião, quando partimos em viagem procuramos a busca das gentes, dos locais e paisagens que fazem a essência de uma determinada país ou cidade.
Mergulhar no espaço interior desta cidade é descobrir um labirinto de ruas azuis, num anil que aguça a curiosidade de qualquer visitante. O sobe e desce é constante , as crianças que passam a correr, os homens nos seus ofícios tradicionais, as mulheres de cabeça coberta fazem parte do retrato e da minha memória fotográfica.

Chefchaouen pode ser um ponto de partida para conhecer a região das Montanhas do Rife, conhecidas pela sua beleza, imponência e pela agricultura tradicional, bem como de outras cidades como Tânger, Tétouan e Fez,por exemplo.

Viajar é um caminho, em que a cada passo estamos a descobrir verdadeiramente quem somos, o que fomos e o que queremos ser. Se ainda não tem as suas férias marcadas, Chefchaouen seria uma boa opção para mergulhar em África!
Nota importante
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Texto: Rafael Oliveira | Fotografia: Oliraf Fotografia
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Acredito que sim, por mais vezes que passes pela mesma rua, irás descobrir algo que não tinhas reparado. Licenciei-me em Urbanismo (Planeamento e ordenamento do território pela Lusófona), aprendi a observar de outra forma, e não é que tenho vindo a descobrir sempre algo diferente. Conforme te enamoras-te por Marrocos, eu pela Grécia fiz a viagem de fim de curso e quero lá voltar, não sei é quando. Mas irei também a Marrocos.
Jose Esteves,
Concordo com o que escreveu. Acho que devemos a parar para ver. Infelizmente, são os sinais dos tempo. A pressa em detrimento do devagar. A Quantidade em detrimento da qualidade.
Quem diz Grécia, diz Sardenha na Itália 😀